A DIFÍCIL ARTE
DO CAMINHO DO MEIO
As grandes civilizações milenares primaram sempre pela detecção e prática do Conhecimento; não a nível intelectual, mas a nível de sabedoria interna. Com o passar dos séculos e milênios foi se perdendo Sabedoria e ganhando intelectualidade, o que equivale dizer: perder o espiritual para o material.
A intelectualidade e a materialidade deveriam existir em benefício do Homem, para que o espiritual pudesse se manifestar no mundo das formas. Mas a Humanidade atual, sujeita ao pêndulo dos extremos, por um lado se mistificou fanaticamente, e por outro se materializou obsessivamente. Tornamo-nos a escravos dos extremos.
"Equilibrar é distribuir sua energia de forma harmoniosa, permitindo que tudo dentro de você se processe como deve ser" (Arcanjo Metraton)
O equilíbrio é a grande sabedoria perdida dos nossos antepassados, ou seja, o "Caminho do Meio" das grandes civilizações, principalmente as orientais. Civilizações estas que de tão diferentes das atuais tornaram-se mitológicas, lendárias; todavia, foram reais.
Com o passar do tempo, a Humanidade foi introduzindo hábitos e conceitos que gestaram um desequilíbrio em sua estrutura como um todo. "O alimento incorreto, os sentimentos confusos e distorcidos, as crenças criadas e aceitas, o julgamento, a crítica e tantos outros componentes foram minando toda a essência. E quando uma peça da máquina não funciona bem, ela compromete todo o equipamento".
A sucessão de ilusões do mundo material tragou a Humanidade de tal forma que se desequilibraram todas as esferas da vida, sejam físicas, emocionais, espirituais, financeiras... E o que está dentro se manifesta fora, portanto, o Homem doente, apartado da sua essência, adoeceu o Planeta.
Hoje vivemos as consequências desse desequilíbrio generalizado, mas a materialidade exacerbada nos impede de enxergar que tudo que está em desequilíbrio um dia tem que se reequilibrar, quase sempre a custa de muita dor.
Cataclismos, epidemias, doenças degenerativas, tumores, doenças psiquiátricas... Ainda assim, continuamos presos às ilusões, edificando castelos de areia, juntando tesouros perecíveis. Vítimas das respostas da Natureza aos nossos próprios desmandos choram mais pelos bens perdidos nas águas ou nos terremotos do que pelas vidas que se foram. E quando falam em reconstruir - como no Japão - falam em reconstruir o poderio material. Sequer percebemos que o que se precisa é reconstruir vidas, desconstruindo conceitos equivocados, crenças inflexíveis e mentes manipuladas. O que é preciso reconstruir é o uso do nosso coração na condução de nossas vidas e da vida do planeta.
A reconstrução planetária e humana há que se dar no retorno ao "Caminho do Meio", ao equilíbrio de todas as coisas na dialética do Amor Incondicional.
Essa é a mensagem de Michael, essa é a vivência que ele exemplificou em toda sua vida, para todos nós.