A ESSÊNCIA DO SER –
LXVIII
MICHAEL BY WILLIAM
BARNEY (2)
“Eu nunca vi recortes de
jornais, troféus, discos de ouro e outros prêmios que você espera ver em algum
lugar da casa (Neverland). Eu
perguntei sobre isso e ele disse, sorrindo: ‘Tudo isso eu tenho em uma outra
casa, ao lado da propriedade’.
Eu perguntei: ‘Por que
você não coloca algo aqui, onde todos podemos ver?’
─ ‘Bem, eu não gosto dos
arrogantes e não quero ser um deles. Se eu mantiver todas essas coisas ao meu
redor, onde todos possam vê-las, acabará por ser o tema da conversa e há muitas
coisas mais interessantes para se falar. Eu não quero que me lembrem quem eu sou
e o que tenho feito, e acabar pensando mais em mim mesmo do que seria bom’,
disse ele.
Eu pensei sobre isso por
um minuto e lhe disse: ‘Você vê, Michael, você tem mais direito de ser presunçoso,
egoísta e impossível do que qualquer outra pessoa no mundo – embora ninguém
realmente tenha o direito de sê-lo – e você não é um desses. Sempre ouço sobre
como é impossível de se tratar alguns atores ou pessoas famosas, ou trabalhar
com eles, exigentes como eles são. Você ouve falar de quão cruéis podem ser, ao
lhes pedir ajuda. [...] Você parece ter saído disso completamente ileso. Como
você conseguiu isso?’
Michael olhou pra mim e
disse simplesmente: ‘Porque não sou eu’.
─ ‘O que você quer
dizer?’, eu perguntei.
─ ‘Quero dizer que é um
dom que eu tenho. É um presente de Deus. Ele me deu tudo isso e não é realmente
meu. Eu decidi, há muito tempo, que seria melhor conceder a Ele o crédito que
[supostamente] deveria conceder a mim mesmo. Dessa forma, eu não estarei
tentando fazê-lo. Quase todas as coisas que tenho, que me lembram a mim mesmo,
eu as mantenho longe dos meus olhos nesta casa’, ele respondeu.”
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Trechos do livro “Conversas Privadas em Neverland com Michael Jackson”
Fonte primária: MJHideout
- http://cartasparamichael.blogspot.com
Cinco prêmios no Grammy Awards 1996