Sobre o fluxo
Mestre Serapis Bey
Canalizado
por Thiago Strapasson, em março de 2016
Queridos irmãos!
A cada momento que
retornamos, uma alegria imensa nos preenche. É sempre uma oportunidade de
termos um contato mais próximo. Ao lerem essas palavras é como se, por um
momento, nossas energias interagissem com maior intensidade em amor, porque
esses textos os abrem a nos receber, para que possamos nos aproximar.
Eu vos agradeço, irmãos,
pela fé com que se debruçam sobre essas cartas. São momentos magníficos de
expansão de sua consciência espiritual. Não que não existam outras maneiras de
obter esse resultado, mas aqui temos sempre uma ótima oportunidade.
Então, viemos a lhes
dizer sobre o fluxo. O fluxo da vida, das emoções, dos sentimentos, das
experiências. Sobre o fluir de seus enfrentamentos pessoais. E traremos uma
lição que é fruto da observação da natureza, pois ela está a nos ensinar o
fluir porque a natureza, muitas vezes, nos ensina e nos mostra como é o viver.
Observá-la é uma porta para grandes lições de sabedoria.
Parem, assim, a observar
a foz de um grande rio ao encontro do mar. Há ali uma constante interação entre
o rio e o oceano. Esse último, muito maior. Então porque o oceano não invade o
menor, o rio, com toda sua força e grandiosidade? Eu lhes digo: porque há uma
interação fluida entre ambos.
Se observarmos o rio em
sua nascente, teremos a impressão que ele estará a fluir de forma constante. É
assim que o veem sob sua perspectiva. Mas, em sua foz, o fenômeno das marés, em
interação com sua lua e a movimentação de seu planeta e tudo o mais, controla o
escoamento desse rio.
Na maré alta, o mar
invade o rio dificultando momentaneamente seu escoamento. A força que o mar
exerce sobre o rio nesse período dificulta seu fluir, mas logo em seguida, com
a maré baixa, essa pressão se ameniza, então o rio volta ao seu fluxo normal.
Então o rio flui em diferentes velocidades ao longo do dia, porque em sua foz
há o oceano que dita seu ritmo.
Esse rio segue seu
trajeto, ora escoando, ora retornando com a força do mar e haverá até mesmo
alguns momentos de equilíbrio entre o mar e o rio, que se caracterizará por uma
suavidade nas águas. Como se, por um breve momento, o mundo daquele rio
estivesse paralisado em seu pulsar.
Assim é a vida: ora
fluirão em grande velocidade; por outros momentos, sofrerão grandes pressões a
ponto de retornar alguns passos. Haverá momentos de momentânea calmaria, onde
nada parece se movimentar. Assim flui a vida também.
Então viemos a lhes
trazer um novo conjunto de ensinamentos sagrados, sobre o fluxo natural da
vida. Como é o fluir dos sentimentos, das emoções e das experiências. Dizemos
sobre o processo de vivenciar esse fluxo em direção ao oceano, ao retorno à Luz
da criação porque apesar de haver um fluxo natural, vocês muitas vezes impedem
esse fluir, não seguindo o exemplo da natureza que flui junto à vida. O rio não
luta contra o oceano, porque não possui força para isso. Há a lua, a maré, toda
força gravitacional da Terra e do sistema solar a ditar seu fluxo, então ele
aguarda o momento adequado da criação, para que seu fluxo se dê novamente.
Não dizemos isso para
que permaneçam inertes, mas, sim, que compreendam que algumas situações devem
ser vivenciadas como lhes são entregues. Vocês devem se atentar e seguir os
sinais que a vida lhes traz.
Muitas vezes as
experiências lhes são apresentadas, então vocês começam a lutar contra aquilo,
sem antes compreender porque ela está sendo vivenciada daquela maneira.
Vamos lhes dar uma
história muito simples, mas que devem expandi-la às demais experiências. Usem
de sua percepção!
Havia um fruto que
estava sobre o oceano e ele foi trazido até a margem, pelas ondas, até a areia
da praia. Uma pessoa que estava a passar lhe deu um leve empurrão, para que ele
retornasse ao oceano. Mas a vida insistiu e com uma nova onda trouxe novamente
aquele fruto ao mesmo local que se encontrava. Ali havia um sinal da vida para
que o fruto fosse deixado naquele lugar, na areia. Essa pessoa tentou, mas os
sinais lhe mostraram que aquele não era o fluxo da vida, pois a situação voltou
à sua condição de origem. Foi lhe trazido um sinal de que aquela experiência
deveria ser vivenciada como estava sendo apresentada.
Mas vocês não aceitam
esse sinal, porque muitas vezes não percebem que não há apenas sua vontade
envolvida, mas de toda a criação. Então vocês lutam e sofrem com situações que
estão em sua vida justamente para lhes ensinar o fluxo da vida. Vocês tentam novamente
arremessar o fruto ao mar, ainda que não tenha controle sobre o destino dele.
Precisam entender que se movimentaram uma situação, e o esforço foi em vão, é
porque há algo mais ali a ser aprendido. Foi a força da criação que os trouxe
àquela experiência. Cabe, então, a vocês, vivenciá-la em paz.
Mas, não! Vocês ficam o
tempo todo a classificar as experiências como certas, erradas, boas ou ruins. E
se esquecem que “todas são experiências”. Vejam só! Vocês já vivenciaram tantas
experiências! Muitas vocês as esqueceram porque elas passaram por vocês.
Outras, porém, os marcaram profundamente e vocês, então, retornam àquela
situação durante meses, muitas vezes, anos. Sempre que isso ocorre, vocês
bloqueiam, travam o fluir, dificultam e deixam de aceitar aquela experiência
como lhes foi entregue. Então vocês começam a luta contra aquela situação.
Vocês se desgastam, se cansam, até que, em um determinado momento, a exaustão
os conduz à entrega.
Nesse determinado
momento, o desgaste está tão grande que vocês interrompem a luta e passam a
aceitar a situação. Aquilo lhes traz paz e um breve dia vocês percebem que
aquela experiência não está mais a se repetir como antes. É como se o rio
percebesse que não possui força para movimentar o mar, então ele passa a aguardar
a maré baixa para fluir novamente.
Entendam, amados, que as
experiências vem e devem ir. Mas enquanto estiverem sendo vivenciadas devem o
ser com aceitação, dentro do fluir, seguindo os sinais da vida, assim como faz
o rio, assim como lhe mostrou o mar na relação com o fruto. Quando a criação
fluir, a experiência será liberada da sua vida, porque ela perdeu sua função.
Vocês são, sim, criadores, mas cocriadores por não criarem sozinhos, ou seja,
não existe apenas o seu querer, mas um fluxo natural que os conduzirá ao seu
caminho, para que vivenciem o que precisam experimentar na fisicalidade.
Trata-se de uma lei espiritual.
Não tentem devolver o
fruto ao mar repetidas vezes, lutar contra a maré, quando a criação der o sinal
de que não devem fazer, pois vocês realizariam um esforço para modificar algo
que foi concebido daquela forma. Então, se vocês aceitam que aquela é a posição
daquela experiência e não lutam contra ela, a experiência é vivenciada com uma
consciência espiritual em um plano terrestre.
Observem essa lei em
suas vidas e vivam o fluxo natural de sua existência, procurando o sentido da
vida, das experiências, buscando sua evolução. E entendam as experiências nesse
fluxo natural. Vocês sentirão um grande alívio em sua existência, como sentem
agora, ao tomarem contato com essa forma de se ver a vida.
Eu sou mestre Serapis
Bey e agradeço por terem seguido seu fluxo, pois ao se encontrarem no local que
tinham que estar e vivenciando as experiências que tinha que experimentar,
puderam tomar contato com nossas energias e com essas lições da natureza ou da
vida.
Com todo meu amor.
Serapis
Bey.
__________________________________
Revisão de texto: Solange Yabushita
Fonte: http://www.coracaoavatar.com.br