Abandonando
nossas cavernas interiores
Elohim Astrea
Canalizada por Michele Martini, em maio de 2017
Entender como é o processo da vida, aceitar o fluxo
natural das energias que passam por vocês; essa forma de viver é permitir que
aconteça o crescimento, a iluminação, a evolução.
Vocês, filhos, vêm trabalhando intensamente dentro
de si mesmos, dentro do propósito de se tornarem seres mais cristalinos, mais
puros. Mas se deparam, por um momento, com a não identificação do que esperavam
que ocorresse.
Vocês se fecham a não permitir o fluxo natural das
energias, que vêm para que vocês exponham aqueles sentimentos guardados e que
foram armazenados em seus registros, mas que vocês temem a exposição.
Através do amor, do auto amor, começam a
compreender o porquê do sentimento de amargura. Vocês passam a ouvir o seu
próprio corpo, as suas emoções e os seus sentimentos. Vocês simplesmente passam
a aceitar o que chega até vocês. Trabalham internamente da forma que sabem e,
então, liberam.
O aprendizado de liberar é o obstáculo mais difícil
de alcançar. Pois vocês recebem novas informações, que afirmam para vocês que
desapeguem, que deixem ir o que eram, ou aquilo que esperavam ser. Mas, então,
vocês recebem a informação e não a deixam fluir, não permitem que, simplesmente,
passe por vocês, a agregar o aprendizado e permitir que leve aquelas
personalidades, sonhos distorcidos e ideias que faziam da própria vida.
Vocês se agarram àquelas informações que deveriam
liberar e, então, há o descontentamento. Vocês não mais se identificam com
aquilo que eram, mas o fato de não permitirem fluir, impede que recebam o novo.
Ficam presos à busca por se encaixarem em algo, em encontrarem um novo Eu para
assumirem em nova personalidade. E a angústia surge desse sentimento, dessa
busca que não chegará a um fim. Pois o trabalho aqui é de limpeza de
informações, de sutilização do corpo, para que deixe de ser aquele espelho que
refletia as suas dores e a sua história.
Vocês continuam na busca por serem aquilo que se
determinaram a ser. Vocês mesmos, sim, que trabalham tanto na limpeza de seu Eu
Inferior, mas que a cada limpeza acabam se agarrando a alguma outra informação
que ainda está lá, viva. Mas que também será limpa.
A angústia, o sentimento de vazio, acabam surgindo,
causados pelo fato de não permitirem que o esvaziamento completo ocorra, por se
agarrarem a alguma personalidade, até aquelas que vocês acabam criando em suas
mentes, onde tentam permanecer agarrados a algo que entendem como familiar, que
é possível de ser materializado.
Percebam, queridos filhos, que o que vocês criam na
mente é possível ser materializado, mas sempre materializarão alguma nova
personalidade, e não permitirão o fluxo ocorrer naturalmente.
Imaginem que vocês estão dentro de um buraco, um
grande buraco, que começa na superfície da terra, e que vai profundamente até
algum lugar que vocês não conseguem mensurar.
Dentro desse buraco, nas paredes, há pequenas
cavernas. Cada uma das cavernas é uma personalidade, uma identidade. Ela está
lá materializada, está agarrada às paredes do buraco, ainda fixa na matéria, na
terra, no mundo físico.
Então, eu venho e lhes digo: no fundo do buraco há
o encontro real consigo mesmo. Lá, você será apenas o Eu Sou, unificado em Um
com a maior manifestação de você mesmo, que é o Eu Superior. Lá, não há limites;
lá, não há personalidades, mas é necessário que se tenha coragem, para jogar-se
dentro do buraco, sem agarrar-se às paredes.
As paredes são seguras, são vistas como o seu porto
seguro, pois ao cair no buraco, vocês ainda têm um último respiro daquilo que
entendem como ser a única forma de existirem nessa vida material, que é
agarrando-se às personalidades. E então, a cada limpeza feita, a cada restrição
trabalhada e iluminada, cai uma avalanche e fecha o buraco de uma caverna. E
então vocês ainda permanecem, por certo tempo, tentando entrar nessa caverna, e
isso causa angústia, medo, tristeza, pois não mais encontram aquele Ser que
vocês tanto identificavam em vocês mesmos.
Vocês, então, têm uma nova chance de se encontrarem
definitivamente com o Eu Sou, se houver coragem o suficiente para se jogarem
dentro do buraco. Mas quando vocês, cansados da angústia e da busca incessante
por aquela personalidade que ficou fechada no buraco da avalanche, naquela
caverna que já não existe mais, vocês então decidem se jogar novamente no
buraco, corajosos de encontrarem-se com as suas próprias verdades. Então, o
medo os faz agarrarem novamente às paredes e, assim, encontram em uma nova
caverna um refúgio. Ali, encaram mais um Eu personalidade que já estava
disposto a deixar de ser, para então se identificarem com ele. E novamente vem
a avalanche, e novamente vocês passam por um período tentando buscar ali o que
foi perdido, aquela identidade.
E assim se segue. Caverna a caverna, alternando
entre medo e coragem. Momentos onde deixam de se identificar com algo material,
para então sentirem o que é a conexão com o Eu Sou e, então, novamente,
repetirem a manifestação do medo, que os impede de se entregarem completamente
a essa energia que é a verdade de vocês. Mas que ainda não tinha espaço para se
manifestar de forma plena, porque vocês gostariam de visitar mais algumas
cavernas.
A angústia está no medo de ousar. Está no medo da
mudança. Está no fato de não permitirem ser a sua própria verdade. O sentimento
de medo está atrelado completamente ao apego à matéria, que vocês acreditam ser
a única verdade, mas que é apenas o que os olhos materiais, movidos pelo medo,
podem ver.
Permitam que o fluxo natural ocorra, permitam que a
luz que atrai vocês para o fundo do buraco tome conta de seus corpos, ilumine o
medo e remova os apegos à matéria, para que então vocês possam ser as suas
próprias verdades, manifestadas em corpo físico, mas vivenciadas pelo coração e
pela maior manifestação de vocês mesmos: O Eu Sou.
Sou Elohim
Astrea
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