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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Abandonando
nossas cavernas interiores


Elohim Astrea

Canalizada por Michele Martini, em maio de 2017

Entender como é o processo da vida, aceitar o fluxo natural das energias que passam por vocês; essa forma de viver é permitir que aconteça o crescimento, a iluminação, a evolução.

Vocês, filhos, vêm trabalhando intensamente dentro de si mesmos, dentro do propósito de se tornarem seres mais cristalinos, mais puros. Mas se deparam, por um momento, com a não identificação do que esperavam que ocorresse.

Vocês se fecham a não permitir o fluxo natural das energias, que vêm para que vocês exponham aqueles sentimentos guardados e que foram armazenados em seus registros, mas que vocês temem a exposição.

Através do amor, do auto amor, começam a compreender o porquê do sentimento de amargura. Vocês passam a ouvir o seu próprio corpo, as suas emoções e os seus sentimentos. Vocês simplesmente passam a aceitar o que chega até vocês. Trabalham internamente da forma que sabem e, então, liberam.

O aprendizado de liberar é o obstáculo mais difícil de alcançar. Pois vocês recebem novas informações, que afirmam para vocês que desapeguem, que deixem ir o que eram, ou aquilo que esperavam ser. Mas, então, vocês recebem a informação e não a deixam fluir, não permitem que, simplesmente, passe por vocês, a agregar o aprendizado e permitir que leve aquelas personalidades, sonhos distorcidos e ideias que faziam da própria vida.

Vocês se agarram àquelas informações que deveriam liberar e, então, há o descontentamento. Vocês não mais se identificam com aquilo que eram, mas o fato de não permitirem fluir, impede que recebam o novo. Ficam presos à busca por se encaixarem em algo, em encontrarem um novo Eu para assumirem em nova personalidade. E a angústia surge desse sentimento, dessa busca que não chegará a um fim. Pois o trabalho aqui é de limpeza de informações, de sutilização do corpo, para que deixe de ser aquele espelho que refletia as suas dores e a sua história.

Vocês continuam na busca por serem aquilo que se determinaram a ser. Vocês mesmos, sim, que trabalham tanto na limpeza de seu Eu Inferior, mas que a cada limpeza acabam se agarrando a alguma outra informação que ainda está lá, viva. Mas que também será limpa.

A angústia, o sentimento de vazio, acabam surgindo, causados pelo fato de não permitirem que o esvaziamento completo ocorra, por se agarrarem a alguma personalidade, até aquelas que vocês acabam criando em suas mentes, onde tentam permanecer agarrados a algo que entendem como familiar, que é possível de ser materializado.

Percebam, queridos filhos, que o que vocês criam na mente é possível ser materializado, mas sempre materializarão alguma nova personalidade, e não permitirão o fluxo ocorrer naturalmente.

Imaginem que vocês estão dentro de um buraco, um grande buraco, que começa na superfície da terra, e que vai profundamente até algum lugar que vocês não conseguem mensurar.

Dentro desse buraco, nas paredes, há pequenas cavernas. Cada uma das cavernas é uma personalidade, uma identidade. Ela está lá materializada, está agarrada às paredes do buraco, ainda fixa na matéria, na terra, no mundo físico.

Então, eu venho e lhes digo: no fundo do buraco há o encontro real consigo mesmo. Lá, você será apenas o Eu Sou, unificado em Um com a maior manifestação de você mesmo, que é o Eu Superior. Lá, não há limites; lá, não há personalidades, mas é necessário que se tenha coragem, para jogar-se dentro do buraco, sem agarrar-se às paredes.

As paredes são seguras, são vistas como o seu porto seguro, pois ao cair no buraco, vocês ainda têm um último respiro daquilo que entendem como ser a única forma de existirem nessa vida material, que é agarrando-se às personalidades. E então, a cada limpeza feita, a cada restrição trabalhada e iluminada, cai uma avalanche e fecha o buraco de uma caverna. E então vocês ainda permanecem, por certo tempo, tentando entrar nessa caverna, e isso causa angústia, medo, tristeza, pois não mais encontram aquele Ser que vocês tanto identificavam em vocês mesmos.

Vocês, então, têm uma nova chance de se encontrarem definitivamente com o Eu Sou, se houver coragem o suficiente para se jogarem dentro do buraco. Mas quando vocês, cansados da angústia e da busca incessante por aquela personalidade que ficou fechada no buraco da avalanche, naquela caverna que já não existe mais, vocês então decidem se jogar novamente no buraco, corajosos de encontrarem-se com as suas próprias verdades. Então, o medo os faz agarrarem novamente às paredes e, assim, encontram em uma nova caverna um refúgio. Ali, encaram mais um Eu personalidade que já estava disposto a deixar de ser, para então se identificarem com ele. E novamente vem a avalanche, e novamente vocês passam por um período tentando buscar ali o que foi perdido, aquela identidade.

E assim se segue. Caverna a caverna, alternando entre medo e coragem. Momentos onde deixam de se identificar com algo material, para então sentirem o que é a conexão com o Eu Sou e, então, novamente, repetirem a manifestação do medo, que os impede de se entregarem completamente a essa energia que é a verdade de vocês. Mas que ainda não tinha espaço para se manifestar de forma plena, porque vocês gostariam de visitar mais algumas cavernas.

A angústia está no medo de ousar. Está no medo da mudança. Está no fato de não permitirem ser a sua própria verdade. O sentimento de medo está atrelado completamente ao apego à matéria, que vocês acreditam ser a única verdade, mas que é apenas o que os olhos materiais, movidos pelo medo, podem ver.

Permitam que o fluxo natural ocorra, permitam que a luz que atrai vocês para o fundo do buraco tome conta de seus corpos, ilumine o medo e remova os apegos à matéria, para que então vocês possam ser as suas próprias verdades, manifestadas em corpo físico, mas vivenciadas pelo coração e pela maior manifestação de vocês mesmos: O Eu Sou.

Sou Elohim Astrea
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Fonte: www.pazetransformacao.com.br