A relatividade entre o bem
e o mal
Arcanjos Salatiel e
Zadkiel
Canalizados
por Laura Vendas, em junho de 2016
Amados filhos, nós os
saudamos na Divina Presença do Amor e viemos para falar da relatividade entre o
bem e o mal e na inutilidade do julgamento, dos conceitos e juízos que vocês
fazem nesta dimensão dual, onde tudo tem o seu antagonismo, onde tudo é medido
e rotulado, onde sempre é preciso fazer escolha entre o certo e o errado. Vejam
que seus valores estão sempre baseados no conceito de bem ou mal. E isso é tão
ilusório quanto qualquer outro conceito de valor que vocês aprenderam.
Mas vamos nos ater somente
no conceito que motivou esse contato. Vamos começar pelo conceito de bem. Para
a maioria, o “bem” está associado a fazer algo bom, é o antônimo de mal, ou
seja, o bem é o desejável, é o que lhes é ensinado como certo desde
criancinhas.
O bem que vocês aprenderam
está intimamente ligado ao juízo de fazer o que é certo, não errar e,
principalmente, não desagradar. Ser honesto, obediente e tratar bem as pessoas,
os animais, frequentar a igreja, corresponder aos dogmas e crenças de suas
religiões, amar a Deus e por aí vai. São tantas as regras e crenças sobre bem
que você não consegue ser você mesmo para corresponder a tantas expectativas.
Mas vamos esmiuçar esse
conceito. Se fazer o bem o impede de expressar a sua essência, então esse bem
não é tão bom assim. Se esse bem enche sua mente de crenças limitantes, se
impede a sua livre expressão, se o faz usar máscaras e criar egos para ser
aceito, então esse bem é relativo, porque ele não é bom para você, mas o torna
uma pessoa de bem perante sua família e sua sociedade.
Vocês podem ficar
chocados com o que vamos falar agora: não existe o bem e o mal, porque esses
conceitos dependem do estágio evolutivo de cada ser, de cada sociedade, de cada
momento histórico, de cada cultura.
Vocês podem estar se
perguntando, mas então, se o bem pode ser mal, como saber a forma de agir?
Seguindo o seu coração. Hoje você já sabe que todos somos centelhas divinas,
irmãos unidos por uma Fonte Una Pai e Mãe, regidos por uma única lei: a Lei do
Amor. E essa Lei diz que não existe o certo e o errado, nem o bem e o mal, nem
o bom e o ruim.
Porque tudo depende do
seu estágio evolutivo e o termômetro para dimensionar (não vamos usar a palavra
julgar aqui, porque já aprendemos que não há julgamentos, certo? – olha o
julgamento aqui: certo e errado... [risos]).
Se vocês agora já
aprenderam algumas lições espirituais, já trazem em seu ser as virtudes de
tolerância, paciência, compaixão e sabem distinguir o que é bom ou ruim para
você. O desconforto com determinadas situações ou atitudes são os indicativos
que faz com que você busque o que é o seu bem.
O bem e o mal são
características do estágio, do momento cármico e do entendimento de cada alma;
por isso não podemos julgar, apenas observar e abençoar um ser quando ele
comete um ato que o afasta da sua própria luz e do amor. Reconhecer que um
humano que mata outro ser humano esta ainda numa fase muito primária do seu
estado evolutivo. – “Mas ele é mau por isso!” – vocês podem dizer. Sob uma
perspectiva dualista sim, ele é mau. Mas sob uma consciência espiritual mais
elevada ele apenas não atingiu a compreensão de que todos somos um.
E se ele tira a vida de
um irmão, está agindo contra si mesmo e terá que refazer a lição quantas vezes
forem necessárias, até aprender que tudo o que fazemos contra o outro estamos fazendo
contra nós próprios.
Da mesma maneira, se um
humano quer ajudar outro humano a evoluir, a crescer espiritualmente e doar
todo o seu tempo a serviço do próximo, frequenta sua igreja, visita hospitais,
orfanatos, asilos, lê livros da sua religião, paga dízimos, jejua, é
vegetariano, consome todas as mensagens da luz, é um cidadão responsável,
cumpre todas as leis aí vocês dirão: sim, essa é uma pessoa de bem!
E nós vamos perguntar
novamente, de bem para quem? É claro que tudo o que essa pessoa faz é bom. Mas
o que a motiva a fazer tudo isso? Sua essência, seu eu superior ou as crenças e
os egos que ela criou para ser aceita no universo onde ela vive?
Vocês entendem, filhos,
como tudo é relativo? Se essa pessoa faz isso para agradar, para obedecer uma
regra ou uma crença, então esse bem não vem do coração, porque ela pode estar
fazendo tudo pelos outros e nada por si mesma. E aí ela está fazendo mal para a
pessoa mais importante que é ela mesma.
Assim como aquele que
mata, quem só faz o “bem” sem a consciência de si mesmo, também tem que passar
pelo processo até aprender que só importa o que a gente faz por nós mesmos. O
resto é consequência, reflexo do aprendizado espiritual e o bem é feito
naturalmente. São virtudes que já trazemos em nossa alma. Não precisamos de
igrejas, escolas e famílias para nos dizer o que devemos ou não fazer. Isso já
é inato.
Então, meus queridos,
estamos apenas lembrando a vocês para não julgarem e para perguntarem a si
mesmos o que os motiva a fazer o bem e qual é seu conceito de bem e de mal. Não
se esqueçam que a primeira pessoa que tem que ser beneficiada é você. Faça o
bem para si mesmo e assim irá refletir essa prova de amor próprio para todos ao
seu redor.
Seja bom para você e
estará sendo bom para toda a humanidade. Liberte-se das imposições sociais e
culturais que o impedem de ser feliz e espalhe liberdade para o mundo. Continue
fazendo suas boas ações, mas porque isso deixa seu coração feliz e não para
mostrar pra “Deus” ou para o seu núcleo social o quanto você é bonzinho.
Se determinadas atitudes
são fatores cármicos, tarefas que sua alma assumiu, então você faz isso com alegria.
Se há desconforto e isso é um peso, interiorize-se e pergunte a si mesmo, por que
isso pesa tanto, será que não está tentando barganhar? Isso mesmo, talvez você
tenha algum conflito que ainda não aceitou resolver e tenta se libertar fazendo
o que dizem que é certo.
O certo e o errado, o
bem e o mal são penas conceitos, mas eles ainda são guias para aqueles que não
entenderão ainda que só existe uma realidade que é o Amor. Quem já vive com o
amor crístico no coração não precisa de cartilhas, já é um ser livre e já aprendeu
que quando a gente ama, a gente não mata, não destrói, não impõe, não julga,
não amarra, não prende. A pessoa sabe intuitivamente o que fazer sem prejudicar
ninguém. Para este ser, bem e mal não existe, porque ele é Luz e a Luz sabe que
só há um caminho: o Amor.
Nós desejamos a vocês
que saiam do caminho do bem e do mal e venham para a luz, onde o amor, só o
amor, vos espera.
Fiquem com nossas
bênçãos,
Arcanjo
Salatiel e Zadquiel
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Fonte: Blog Coração Avatar