O AMOR EM AÇÃO – 76
MICHAEL BY CHRISITNA
(Trechos do depoimento da
fã)
Este relato refere-se à
visita de MJ ao Royal Children’s Hospital, em Melbourne, Austrália, em
25/11/1996, durante a HIStory World Tour.
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Minha
história começa quando eu tinha cerca de 8 a 9 anos, na escola primária. Eu
estava sendo tão provocada [bullying]
que voltava para casa e chorava. Eu não tinha muitos amigos porque eu era uma
criança quieta e, fora da escola, não era melhor. Minha melhor amiga do mundo
[Sara] e suas irmãs estavam sendo espancadas e abusadas sexualmente por seu
padrasto. Minha vida era horrível. Eu não conseguia escapar da dor.
Um
dia, durante a aula de música na escola, nosso professor nos disse para
abrirmos nosso livro de canções em “Heal
The World”. Eu, rapidamente, mergulhei nas palavras e a sensação foi
maravilhosa. Finalmente, havia uma canção que significava algo e poderia mudar
a forma como as pessoas tratavam os outros.
Eu
acho que nós cantamos a música por cerca de um mês e, toda vez, um novo
sentimento lavava a minha alma. Eu levei um dos livros de música para casa,
para mostrar à minha melhor amiga, que não falava muito o inglês. Eu disse a
ela que tinha sido escrita por alguém chamado Michael Jackson, e nós lemos as
letras juntas. Foi um conforto para nós duas.
Com
o passar do tempo, a minha vida escolar e fora da escola não melhorou. Ficou
muito pior. O padrasto de Sara estava bebendo mais e se tornando mais abusivo.
Ele nos ameaçava matar se disséssemos a alguém... então, nós mantivemos nossas
bocas fechadas.
Sara
estava, constantemente, no Royal Children’s Hospital por causa das lesões
causadas por ele, e eu, constantemente, faltava à escola para visitá-la. Ela
tinha um enorme medo de homens. Nenhum médico do sexo masculino poderia entrar
em seu quarto, ou ela iria gritar até derrubar o hospital abaixo.
Eu
faltei novamente à escola para visitar Sara no hospital. Por sorte, minha mãe
trabalhava a uma quadra do hospital e, sempre que eu estava doente, ela me
levava para ficar com ela no trabalho. Ela me deixava na biblioteca, mas eu não
ficava lá.
Naquele
dia [25/11/96], eu caminhei até o hospital e havia tantos carros e pessoas com
câmeras, lá fora...! Normalmente, eu poderia apenas seguir à pé e ir até Sara,
mas desta vez eu fui parada e me perguntaram quem eu estava visitando, etc.
Eu
estava com Sara por cerca de 2 minutos, quando seis enfermeiros entraram no
quarto, dizendo que ela tinha um visitante. As enfermeiras se separaram e
Michael entrou com presentes. Ele apenas olhou para mim e sorriu; então, se
sentou na cama de Sara. Ela não gritou, mas apenas se sentou lá.
Ele
se apresentou e perguntou o que havia acontecido com ela. Sara apenas se sentou
e olhou fixamente em mim, significando: “você lhe diz”.
Eu
lhe disse, rapidamente, que ela tinha sido espancada por seu padrasto.
Ele
apenas olhou para ela, tentando compreender tudo e tentando não chorar. Mas
havia uma lágrima. Eu me sentei e ele colocou os braços em volta de nós duas...
Sara se encolheu e o empurrou para longe. Eu garanti a ela que estava tudo
bem... Ele sussurrou algo para ela, e ela sorriu.
Eu
conhecia Sara há cerca de dois anos e meio e nunca tinha visto o seu sorriso.
Ele apenas nos abraçou por um momento e nos disse que estava OK e para não nos
preocuparmos. Ele deu um presente à Sara e, quando se levantou para sair,
disse: “para manter o bom trabalho”.
Eu
sabia que ele queria cuidar de Sara. Michael puxou um dos médicos do sexo
masculino lá fora e eles continuaram olhando para nós. Nunca descobrimos o que
tinham conversado.
Ele
fez o “moonwalk” no corredor para as
crianças e continuou a visitar outros quartos. Foi um dia mágico!
Infelizmente,
Sara era enviada de volta para seu padrasto, cada vez que ela estava no
hospital, mas seu espírito mudou.
Ela
poderia ter passado por um inferno em casa, mas quando estávamos juntas,
mencionávamos aquele dia e sorríamos... Michael fez isso...!
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Fontes: mjhideout.com
- http://www.cartasparamichael.com.br