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domingo, 7 de dezembro de 2014

O AMOR EM AÇÃO – LII


FÃS – UM CASO DE AMOR TRANSCENDENTAL

BILL: “No final de janeiro (2007), Sr. Jackson concedeu uma entrevista à Associate Press, confirmando que ele estava de volta ao país. Depois disso, os fãs começaram realmente a chegar.

Eles ficavam estacionados fora, o dia todo. Normalmente, cerca de quatro ou cinco carros. Às vezes, mais. Eles chegavam em frente à casa todas as manhãs, estacionavam em frente à casa, sentavam-se lá em cadeiras de gramado, eles voltavam para casa à noite.

Sempre que os nossos carros saíam da propriedade, Sr. Jackson costumava baixar a janela e dizia: ‘Olá! Estaremos de volta cerca de 20 minutos’. Eles nos esperavam. Sentavam e nos esperavam. Ao retornar, ele os cumprimentava e logo sentavam e esperavam mais um pouco. Era a sua presença, a sua aura. Só queriam estar perto dele.”

[...]
JAVON: “Os vizinhos odiavam a eles. Geralmente, eram bem educados, mas era um bairro residencial de alto padrão. [...] Em relação aos vizinhos, os fãs eram um incômodo. As pessoas estavam sempre chamando a polícia. Ela chegava e incomodava os fãs até que eles saíssem. No dia seguinte, os fãs voltavam para lá.”

[...]
BILL: “Um dia, havia três carros de polícia lá e Sr. Jackson os viu de sua janela. Ele foi até a segurança e disse: ‘Eu não quero que meus fãs sejam assediados. Preciso que a polícia saiba que eles estão aqui por mim e que podem ficar aqui o tempo que quiserem, no lado da minha propriedade’.

Eu saí e disse aos policiais. O policial me perguntou se eu era um residente. Eu disse: ‘Não, mas eu trabalho na segurança pessoal para o dono da casa’. Ele disse: ‘Quem é esse?’

Eu não respondi. Eu estava encolhido. Então, um dos fãs disse: ‘Michael Jackson vive aqui’. Não confirmei nem neguei, mas eu acabei dizendo: ‘o proprietário não tem nenhum problema por essas pessoas estarem aqui’. Os fãs começaram a bater palmas e disseram: ‘Viu? Viu isso?’

O policial os advertiu a não fazer nenhum barulho e que se eles voltassem, haveria prisões. Eu não senti que esse seria o fim e não foi. Os vizinhos vivam reclamando e a polícia continuava voltando. Finalmente, Sr. Jackson disse que iria falar com o seu advogado. Eu não sei o que ele falou ou de quem foram os dedos, mas depois disso a polícia nunca mais voltou e os fãs ficaram.

[...]
JAVON: “Estiveram lá durante todos os meses de inverno. Estiveram lá durante os meses de verão. Era um calor infernal e eles acampavam na calçada, esperando.

Em dias quentes, Sr. Jackson iria nos enviar com refrigerantes e pratos de petiscos. Para aqueles que permaneciam por mais tempo, ele nos enviava com cadeiras dobráveis. Nós até mesmo levávamos os móveis de jardim da casa da piscina.”
[...]
BILL: “Cada vez que saíamos de casa, os fãs se colocavam de forma que pudessem ter uma visão dele. Se as crianças estivessem no carro, saíamos sem abrir as janelas. Sr. Jackson não queria que ninguém as visse. Mas se fôssemos só nós, ele insistia em parar e dizer ‘Olá!’, e autografava tantos autógrafos quanto pudesse.

Ficávamos sempre nervosos sobre isso, mas ele insistia. A maioria deles era respeitosa, educada, mas tinha aqueles que se descontrolavam e tínhamos que sair do carro para trazer a ordem de volta.

Toda vez que eu entrei nisso dessa forma, Sr. Jackson sempre me falava assim: ‘Bill, seja gentil com os meus fãs. Eles não vão deixar nada acontecer para mim. Eles são inofensivos’.

Parte de nossa apreensão era que, a princípio, não compreendíamos a relação que ele tinha com seus fãs.”
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Trechos do livro “Remember The Time: Protecting Michael Jackson in His Finals Days” – por Bill Withfield e Javon Beard, ex-guarda-costas de Michael, no período de 2006 a 2009).
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Fonte: http://www.cartasparamichael.blogspot.com