O AMOR EM AÇÃO – LII
FÃS – UM CASO DE AMOR
TRANSCENDENTAL
BILL: “No final de janeiro (2007), Sr. Jackson concedeu uma
entrevista à Associate Press, confirmando
que ele estava de volta ao país. Depois disso, os fãs começaram realmente a
chegar.
Eles ficavam
estacionados fora, o dia todo. Normalmente, cerca de quatro ou cinco carros. Às
vezes, mais. Eles chegavam em frente à casa todas as manhãs, estacionavam em frente
à casa, sentavam-se lá em cadeiras de gramado, eles voltavam para casa à noite.
Sempre que os nossos
carros saíam da propriedade, Sr. Jackson costumava baixar a janela e dizia: ‘Olá! Estaremos de volta cerca de 20 minutos’.
Eles nos esperavam. Sentavam e nos esperavam. Ao retornar, ele os cumprimentava
e logo sentavam e esperavam mais um pouco. Era a sua presença, a sua aura. Só
queriam estar perto dele.”
[...]
JAVON: “Os vizinhos odiavam a eles. Geralmente, eram bem educados,
mas era um bairro residencial de alto padrão. [...] Em relação aos vizinhos, os
fãs eram um incômodo. As pessoas estavam sempre chamando a polícia. Ela chegava
e incomodava os fãs até que eles saíssem. No dia seguinte, os fãs voltavam para
lá.”
[...]
BILL: “Um dia, havia três carros de polícia lá e Sr. Jackson os
viu de sua janela. Ele foi até a segurança e disse: ‘Eu não quero que meus fãs sejam assediados. Preciso que a polícia
saiba que eles estão aqui por mim e que podem ficar aqui o tempo que quiserem,
no lado da minha propriedade’.
Eu saí e disse aos
policiais. O policial me perguntou se eu era um residente. Eu disse: ‘Não, mas eu trabalho na segurança pessoal
para o dono da casa’. Ele disse: ‘Quem é esse?’
Eu não respondi. Eu
estava encolhido. Então, um dos fãs disse: ‘Michael
Jackson vive aqui’. Não confirmei nem neguei, mas eu acabei dizendo: ‘o proprietário não tem nenhum problema por
essas pessoas estarem aqui’. Os fãs começaram a bater palmas e disseram: ‘Viu?
Viu isso?’
O policial os advertiu a
não fazer nenhum barulho e que se eles voltassem, haveria prisões. Eu não senti
que esse seria o fim e não foi. Os vizinhos vivam reclamando e a polícia
continuava voltando. Finalmente, Sr. Jackson disse que iria falar com o seu
advogado. Eu não sei o que ele falou ou de quem foram os dedos, mas depois disso
a polícia nunca mais voltou e os fãs ficaram.
[...]
JAVON: “Estiveram lá durante todos os meses de inverno. Estiveram
lá durante os meses de verão. Era um calor infernal e eles acampavam na
calçada, esperando.
Em dias quentes, Sr. Jackson
iria nos enviar com refrigerantes e pratos de petiscos. Para aqueles que
permaneciam por mais tempo, ele nos enviava com cadeiras dobráveis. Nós até
mesmo levávamos os móveis de jardim da casa da piscina.”
[...]
BILL: “Cada vez que saíamos
de casa, os fãs se colocavam de forma que pudessem ter uma visão dele. Se as
crianças estivessem no carro, saíamos sem abrir as janelas. Sr. Jackson não queria
que ninguém as visse. Mas se fôssemos só nós, ele insistia em parar e dizer ‘Olá!’,
e autografava tantos autógrafos quanto pudesse.
Ficávamos sempre
nervosos sobre isso, mas ele insistia. A maioria deles era respeitosa, educada,
mas tinha aqueles que se descontrolavam e tínhamos que sair do carro para trazer
a ordem de volta.
Toda vez que eu entrei
nisso dessa forma, Sr. Jackson sempre me falava assim: ‘Bill, seja gentil com
os meus fãs. Eles não vão deixar nada acontecer para mim. Eles são inofensivos’.
Parte de nossa apreensão
era que, a princípio, não compreendíamos a relação que ele tinha com seus fãs.”
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Trechos
do livro “Remember The Time: Protecting
Michael Jackson in His Finals Days” – por Bill Withfield e Javon Beard,
ex-guarda-costas de Michael, no período de 2006 a 2009).
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Fonte:
http://www.cartasparamichael.blogspot.com