Sobre o preconceito
Mestre Serapis Bey
Canalizado
por Thiago Strapasson , em outubro de 2016
Saudações, Meus Irmãos!
Hoje, gostaria de falar
sobre um tabu, sobre aquilo que não se fala, sobre aquilo que em sua sociedade
se evita dizer, inclusive, nos meios espirituais. Gostaria de tratar hoje sobre
o preconceito em sua origem.
Há muito preconceito,
sim, em seu mundo, em sua sociedade. Preconceito racial, de classe, sexuais,
“pré-conceitos” religiosos.
“Pré-conceito” é um
conceito já formado, uma concepção anterior a um fato. É um “pré”- conceito no
sentido de que há julgamento, antes mesmo que se tome contato com a situação,
que se saiba do que está se falando, ou a quem está se dirigindo. Há uma
preconcepção, uma crença limitante, há algo que já se pensa saber. E se parte
daquilo que se sabe, sem permitir que o outro externe razões pessoais em sua
defesa.
Há uma origem equivocada
profunda nesse tipo de comportamento humano, no entendimento de que uns seriam
melhores e mais corretos que os outros, de que alguns seriam privilegiados e
mais adequados que outros e, portanto, alguns seriam dignos de dizer como o
outro deve ser, julgando ou menosprezando um irmão.
O preconceito encontra
sua raiz na concepção da própria separação, da separação dos corpos, da falta
de entendimento de Deus, da unidade e da união, de tudo aquilo que representa a
vida.
O preconceito está
distribuído em todas as camadas, em todas as classes, em todos aqueles que, de
alguma forma, se subjugam ou se impõem a outros. Sim, pois o preconceito não
parte apenas daquele que menospreza e que rejeita um irmão. Também parte
daquele que se submete ao preconceito. É a submissão energética, a submissão de
aceitar ser menosprezado, de aceitar se entender como menos que alguém. Porque
aquele que se entende no mesmo nível, nem mais nem menos, na mesma proporção,
se entende como alguém fora de qualquer tipo de preconceito. Ele se entende
como Filho de Deus e tem compaixão por aquele que lança o preconceito sob o seu
ser. Tem compaixão no sentido de saber que, ali, há uma dor humana, há algo que
deve ser trabalhado naquela pessoa que está a menosprezar um irmão, que está a
tratar o outro como alguém que não seja digno. O preconceito só existe porque
parte do próprio sentimento de inferioridade de ambos: daquele que está a
lançar esse tipo de sentimento a um irmão e daquele que aceita, em submissão
enérgica, a classificação que lhe é imposta.
O que há, também, é o
medo daquele que é preconceituoso. O medo de perder o status que, supostamente,
alcançou em sua vida. Pois ao subjugar o outro aos seus caprichos
preconceituosos, está, na verdade, tentando demonstrar que atingiu um patamar
social onde já é mais digno e mais elevado. Pode, dessa maneira, deixar de
dignificar a experiência de um irmão de jornada, menosprezando-o e diminuindo-o
e deixando de honrar uma experiência que, assim como sua própria, foi permitida
por Deus. Impõe seu julgamento e sua concepção a outro. Mas ao fazer assim, ao
deixar de reconhecer a dignidade no outro, no fundo, está deixando de
reconhecer sua própria dignidade e mostrando a falta de compaixão que arde em
seu coração.
Pela concepção de que
todos são Filhos do mesmo Pai, de que todos são irmãos e que devem ser tratados
com igualdade e respeito, que dignificamos todas as experiências e respeitamos,
com Amor e compaixão, a todas as escolhas feitas. Pois cada uma delas
representa uma possibilidade de desenvolvimento pessoal, onde cada qual escolhe
o melhor caminho ao seu próprio crescimento. É permitindo com Amor. É a partir
de preceitos básicos e simples como esses, que todos poderão se reconhecer em
irmandade e fraternidade, respeitando o que cada um deseja em seu coração ou
sua experiência.
A concepção de que há
alguém melhor ou mais correto que o outro é uma concepção infantil, daqueles
que ainda não se conectaram com o Amor de Deus, com o Amor da Fonte, daqueles
que estão ainda incapazes de se ver em unidade, em união ao Amor, em união ao
Pai Celestial e à Mãe Divina.
Portanto, quando virem
um ato de preconceito, não se irritem. Parem de brigar ou de lutar, e sim,
passem a exercer a compaixão. A compaixão por um irmão que, mais cedo ou mais
tarde, deverá se confrontar com a sua própria consciência, que é a consciência
de Deus, que é a consciência do Criador. Ele deverá, de uma forma ou outra,
tomar contato profundo com aquilo que o levou a externar esse tipo de
sentimento, de emoção preconceituosa. Ele deverá tomar contato consigo mesmo, a
partir de suas próprias emoções de desrespeito e de desdignificação contra um irmão.
E, assim, deixem de dar ressonância ao preconceito e de aceitarem a imposição
energética de que, de alguma forma, podem ser menores que outros. Isso existe
apenas na mente daqueles que se encontram imersos na ilusão da materialidade e
são incapazes de ver a dor que causam a um irmão.
É algo, portanto, que
deve ser tratado, que deve ser trabalhado, mas com sabedoria, com conhecimento,
sem se igualar àquele que é o preconceituoso, mas olhando a situação de um
ponto de vista mais elevado e demonstrando sua compaixão àqueles que ainda não
reconhecem Deus em seus corações.
Fiquem em Paz, Meus
Irmãos, porque eu sou Serapis Bey.
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Fonte: http://coracaoavatar.blog.br/
Transcrição: Angelica T. Tosta
Colaboração: Solange Yabushita