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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Sobre o preconceito


Mestre Serapis Bey

Canalizado por Thiago Strapasson , em outubro de 2016

Saudações, Meus Irmãos!

Hoje, gostaria de falar sobre um tabu, sobre aquilo que não se fala, sobre aquilo que em sua sociedade se evita dizer, inclusive, nos meios espirituais. Gostaria de tratar hoje sobre o preconceito em sua origem.

Há muito preconceito, sim, em seu mundo, em sua sociedade. Preconceito racial, de classe, sexuais, “pré-conceitos” religiosos.

“Pré-conceito” é um conceito já formado, uma concepção anterior a um fato. É um “pré”- conceito no sentido de que há julgamento, antes mesmo que se tome contato com a situação, que se saiba do que está se falando, ou a quem está se dirigindo. Há uma preconcepção, uma crença limitante, há algo que já se pensa saber. E se parte daquilo que se sabe, sem permitir que o outro externe razões pessoais em sua defesa.

Há uma origem equivocada profunda nesse tipo de comportamento humano, no entendimento de que uns seriam melhores e mais corretos que os outros, de que alguns seriam privilegiados e mais adequados que outros e, portanto, alguns seriam dignos de dizer como o outro deve ser, julgando ou menosprezando um irmão.

O preconceito encontra sua raiz na concepção da própria separação, da separação dos corpos, da falta de entendimento de Deus, da unidade e da união, de tudo aquilo que representa a vida.

O preconceito está distribuído em todas as camadas, em todas as classes, em todos aqueles que, de alguma forma, se subjugam ou se impõem a outros. Sim, pois o preconceito não parte apenas daquele que menospreza e que rejeita um irmão. Também parte daquele que se submete ao preconceito. É a submissão energética, a submissão de aceitar ser menosprezado, de aceitar se entender como menos que alguém. Porque aquele que se entende no mesmo nível, nem mais nem menos, na mesma proporção, se entende como alguém fora de qualquer tipo de preconceito. Ele se entende como Filho de Deus e tem compaixão por aquele que lança o preconceito sob o seu ser. Tem compaixão no sentido de saber que, ali, há uma dor humana, há algo que deve ser trabalhado naquela pessoa que está a menosprezar um irmão, que está a tratar o outro como alguém que não seja digno. O preconceito só existe porque parte do próprio sentimento de inferioridade de ambos: daquele que está a lançar esse tipo de sentimento a um irmão e daquele que aceita, em submissão enérgica, a classificação que lhe é imposta.

O que há, também, é o medo daquele que é preconceituoso. O medo de perder o status que, supostamente, alcançou em sua vida. Pois ao subjugar o outro aos seus caprichos preconceituosos, está, na verdade, tentando demonstrar que atingiu um patamar social onde já é mais digno e mais elevado. Pode, dessa maneira, deixar de dignificar a experiência de um irmão de jornada, menosprezando-o e diminuindo-o e deixando de honrar uma experiência que, assim como sua própria, foi permitida por Deus. Impõe seu julgamento e sua concepção a outro. Mas ao fazer assim, ao deixar de reconhecer a dignidade no outro, no fundo, está deixando de reconhecer sua própria dignidade e mostrando a falta de compaixão que arde em seu coração.

Pela concepção de que todos são Filhos do mesmo Pai, de que todos são irmãos e que devem ser tratados com igualdade e respeito, que dignificamos todas as experiências e respeitamos, com Amor e compaixão, a todas as escolhas feitas. Pois cada uma delas representa uma possibilidade de desenvolvimento pessoal, onde cada qual escolhe o melhor caminho ao seu próprio crescimento. É permitindo com Amor. É a partir de preceitos básicos e simples como esses, que todos poderão se reconhecer em irmandade e fraternidade, respeitando o que cada um deseja em seu coração ou sua experiência.

A concepção de que há alguém melhor ou mais correto que o outro é uma concepção infantil, daqueles que ainda não se conectaram com o Amor de Deus, com o Amor da Fonte, daqueles que estão ainda incapazes de se ver em unidade, em união ao Amor, em união ao Pai Celestial e à Mãe Divina.

Portanto, quando virem um ato de preconceito, não se irritem. Parem de brigar ou de lutar, e sim, passem a exercer a compaixão. A compaixão por um irmão que, mais cedo ou mais tarde, deverá se confrontar com a sua própria consciência, que é a consciência de Deus, que é a consciência do Criador. Ele deverá, de uma forma ou outra, tomar contato profundo com aquilo que o levou a externar esse tipo de sentimento, de emoção preconceituosa. Ele deverá tomar contato consigo mesmo, a partir de suas próprias emoções de desrespeito e de desdignificação contra um irmão. E, assim, deixem de dar ressonância ao preconceito e de aceitarem a imposição energética de que, de alguma forma, podem ser menores que outros. Isso existe apenas na mente daqueles que se encontram imersos na ilusão da materialidade e são incapazes de ver a dor que causam a um irmão.

É algo, portanto, que deve ser tratado, que deve ser trabalhado, mas com sabedoria, com conhecimento, sem se igualar àquele que é o preconceituoso, mas olhando a situação de um ponto de vista mais elevado e demonstrando sua compaixão àqueles que ainda não reconhecem Deus em seus corações.

Fiquem em Paz, Meus Irmãos, porque eu sou Serapis Bey.
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Fonte: http://coracaoavatar.blog.br/  
Transcrição: Angelica T. Tosta
Colaboração: Solange Yabushita