PARTE I - O MEDO
"Permitam que o Amor dentro de seu coração transmute o medo, e converta-o em Amor. Irradiem esse Amor através do seu próprio olhar nos corações de seus Irmãos e Irmãs e então eles conhecerão o seu Amor, sua compreensão, sua compaixão que também são o MEU Amor, a MINHA compreensão, a MINHA compaixão." (Arcanjo Miguel)
O medo cria a falsa imagem, a demonstração exterior, a mentira ideológica, a falha de caráter, enfim, todas as máscaras de uma personalidade doentia e ata o Ser a um processo ilusório de incapacidade e dissociação.
Trata-se de uma anomalia de dissociação da consciência, porque todo processo egóico é ilusório e usa a mente como veículo. Isso se chama controle mental, o que não deixa de ser uma forma de escravidão. Tornamo-nos incapazes de gerir nosso próprio pensamento, nosso próprio sentimento, nossas próprias escolhas e atitudes; em resumo, nossa própria vida.
O medo ideológico é, sem sombra de dúvida, a mais cruel e danosa das formas mentais, porque nos faz irracionais e manipuláveis. Isso nos arrasta por milênios, existência após existência, em uma caminhada evolutiva horizontal, ou seja, subjugados à recorrência, o que equivale cometer os mesmos erros e estar submetidos sempre às mesmas consequências (Karmas).
"O Ser não dá salto quântico por causa de medo, o medo não transforma ninguém".
Portanto, a manipulação ideológica (política, social, religiosa, mídia, etc) não produz mudança interna alguma, não burila o espírito para a sua ascensão; antes, apenas mascara. Cria a casca e não o conteúdo. Ninguém evolui por temer o castigo divino ou o julgamento dos mortais. O Ser evolui quando rompe as correntes egóicas que o prendem à dualidade e descobre que não tem o que temer porque o poder divino habita a sua essência. Isto é a consciência crística.
Eu chamaria a consciência crística de "Liberdade" pois que o Ser inconsciente de si mesmo e de sua natureza não é um ser livre.
"O que o homem teme, ele traz para a sua energia. Se uma pessoa teme que seu parceiro a deixe, ela criará isso. Se as pessoas temerem mudança, então o Universo criará a mudança" (Maytréia)
Outra forma de medo que nos acorrenta é o medo à mudança. Tudo que é desconhecido nos apavora e nos remete a uma zona de conforto que nos garante a mesmice, dando a falsa sensação de segurança. Porém, como toda forma mental, atrai o objeto de sua imantação, ou seja, o que tememos, atraímos.
O rechaço à mudança significa estancamento da evolução ou, na pior das hipóteses, a própria involução, porque a consequência do medo gera um medo maior, e uma consequência maior, uma dor maior.
Exemplificando: o medo de ficarmos doentes nos adoece e a doença advinda gera mais medo e mais doença. O medo de fracassar em algum projeto fatalmente nos levará ao fracasso e o medo de um novo fracasso nos impedirá de ir em frente.
A descrença e a desesperança, como filhas do medo, são polaridades negativas que nos mantem presos a zonas vibracionais densas, egóicas e involutivas. Somente o Ser que acredita evolui. O Ser evoluído não tem medo: tem prudência.
Michael simplesmente nunca dá a mínima para as coisas que os simples mortais acham impossível: curar o mundo é uma delas.