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domingo, 29 de maio de 2011

PARTE II - A CULPA


A culpa é uma forma de controle mental que confere extremo poder manipulador ao seu agente emissor. Esse processo perverso vem desde o berço até o túmulo, passando por todos os níveis de programação a que somos submetidos: família, escola, sociedade, governo, religião, mídia, etc. 

São lugares comuns em qualquer geração de seres viventes: "Como pode me tratar assim?", "É por sua culpa que estou sofrendo!", "Foi por sua culpa que me aborreci e não dormi bem!", "Ontem foi meu aniversário e não me deste um único telefonema!", "Foi por nossa culpa que Jesus foi crucificado!"... E aí, quando nos sentimos culpados das culpas que nos acusam, nos achamos no direito de culpar os outros pelos males que nos afligem: "É culpa do Governo se minha vida não vai para frente", "é culpa da mídia se só existe lixo nos meios de comunicação"... quando a responsabilidade é nossa, pois gostamos de lixo.

Nesse processo psicótico, onde todo mundo culpa todo mundo - a dialética da irresponsabilidade -, os programadores de mentes exercem o seu poder e os programados se submetem, agora já totalmente inconscientes de si mesmos.

Ao nível de alma, a culpa produz tanta vibração negativa que desencadeia um processo de autojulgamento, o que nos faz sentir imenso desconforto e nos aprisiona a deveres e obrigações que os outros se julgam no direito de nos impingir. Esse conflito interno podemos dizer que se trata da nossa consciência de liberdade em combate com a intromissão de regras e ordens externas. É o Ser Completo (divino) em desacordo com o Ser Fracionado (humano). Porém, a inconsciência é tão grande devido aos milênios de escravidão mental, que o Ser Fracionado consegue bloquear a manifestação do Ser Divino que, entretanto, não se cala ou se subjuga. A Alma rebela-se e exterioriza sua indignação por meio de doenças físicas, emocionais e psíquicas. Nada nem ninguém pode submeter nossa Essência (espírito), nem mesmo nossas parcas personalidades.

Isso equivale dizer que, repito, somente nós mesmos somos os artífices de nossos infernos, sejam físicos, psicológicos ou sociais. O sofrimento advém do desrespeito à Essência, à lei divina da Liberdade. Todo ser manipulado é infeliz e esparge infelicidade à sua volta.

O sofrimento não advém de qualquer castigo divino e sim do sentimento de culpa. É a culpa que nos faz sofrer. A Consciência Cósmica (Logos, Deus) não castiga, apenas educa, corrige, reequilibra. Daí o débito kármico, que não existe para punir ninguém, mas para restabelecer o equilíbrio daquilo que foi desnivelado.

Erros, todos cometemos e, se não podemos reparar o que foi feito, ou dito, ou pensado, cuidemos de não repetir o erro e orientar outros para que não caiam nos enganos nos quais caímos. Isso não quer dizer que não devemos nos importar com o mal-proceder, ou o mal-dizer, ou o mal-pensar. Devemos, sim, refletir sobre o ocorrido, detectar onde e por que nos equivocamos e tentar reparar, amenizar, pedir desculpas e, principalmente, nos desculpar a nós mesmos.

A culpabilidade atrai grande negatividade para nossas vidas, pois, ao nos sentirmos devedores, também nos sentimos indignos da felicidade; resultado disso, atraímos perdas, desgraças, doenças, enfim, algo que nos faça sofrer para redimir nossa culpa... Afinal, não foi assim que fomos programados?



"Viva com liberdade e morra sem remorsos"
(Prince Michael I)

É o pai fazendo escola. Michael fez o que precisava ser feito pelo Bem da Humanidade e o fez sem culpa e sem remorsos.