O G7 está desamparado
em face de sua falência
matematicamente certa
Por Benjamin Fulford
Atualização em 08 de Junho de 2015
Os líderes do G7 ou Grupo dos Sete países mais industrializados estão
celebrando uma reunião de emergência na Alemanha, numa vã tentativa de evitar a
sua inevitável falência. Os líderes falam sobre a Grécia, Ucrânia, China,
Oriente Médio e outras questões, como se de alguma forma ainda estivessem no
controle. Precisam entender que existe uma coisa lá fora chamada de realidade
e, não importa quanto tempo tentem evitá-la, ela irá alcançá-los. Com exceção
do Canadá, Japão e Alemanha, os países do G7 e seus estados ocidentais aliados
estão em déficit com o resto do mundo nos últimos 40 anos. O fato é que o maior
devedor de todos, a Corporação dos Estados Unidos, está na sala e ninguém fala nada.
O resto do mundo tomou uma decisão coletiva de parar de financiar esses
governos ocidentais, até que parem com sua constante campanha belicista e roubo
de recursos, uma vez que o resto do mundo controla a maior parte do dinheiro
real (ou seja, dinheiro ligado a bens físicos), que controlam a realidade
subjacente. Pode-se comer um pão, mas não podem comer derivativos ou notas de
dólar. Podem-se trocar coisas reais como carros ou óleo por arroz ou trigo,
todavia, se perderem a confiança dos demais, ninguém irá trocar seus IOUs
(notas) por coisas reais. Os países do G7, especialmente a Corporação dos
Estados Unidos (em oposição à República dos Estados Unidos), conseguiram adiar
o inevitável com dados econômicos fraudulentos, caixa dois em paraísos fiscais
e derivativos que teoricamente valem quantias astronômicas.
No entanto, nenhuma quantidade de zeros adicionados a números astronômicos
dentro de bancos ocidentais fará qualquer diferença, se esses zeros não tiverem
alguma conexão com o mundo real.
Os chineses têm insistido no pagamento com coisas, como ouro, que realmente
existe. O governo corporativo americano empenhou sua herança de família, pediu
dinheiro emprestado a amigos, roubou e mentiu para obter sua próxima parcela da
dívida, como se fosse um viciado rico passando por tempos difíceis. Roubaram o
petróleo iraquiano, ouro Africano, economias japonesas e tudo o mais que
puderam lançar mãos. No entanto, uma vez que o PIB real dos Estados Unidos
tenha encolhido 21,4%, desde 2011, está se tornando impossível para o governo
corporativo dos EUA continuar a pagar suas dívidas bolas de neve. A resposta
óbvia é a declaração de falência.
O problema é que muito poucas pessoas que estão vivas hoje, se lembram da
última vez que um país europeu declarou falência. Nenhum país anglo-saxão
quebrou durante mil anos, estando os americanos ainda menos familiarizados com
o que realmente implica uma falência.
Para aqueles que testemunharam em primeira mão coisas tais como: o colapso da
bolha japonesa e a falência da Argentina, o futuro fica mais fácil de ser
previsto.
Vamos comparar esses dois casos com o que está acontecendo com o G7, com a
finalidade de prever o futuro.
No caso do Japão, quando a bolha estourou nos anos 1990-1992, o governo japonês
já sabia, em 1992, que o total de inadimplência era de 200 trilhões de ienes
(cerca de US$ 2 trilhões). No entanto, reconhecida publicamente em apenas 3 ou
4 trilhões de Yenes. Algo como uma empresa A transferir sua inadimplência para
uma empresa B, que iria passá-la para outra empresa C, cada uma com um prazo
diferente de contabilidade. Como um indivíduo usando seu cartão American
Express para pagar sua conta do Visa e, em seguida, usando o Visa para pagar
seu MasterCard e, então, usar o seu MasterCard para pagar seu American Express.
Esta fraude ganhou tempo.
Entretanto, porém, algumas das piores empresas já não eram capazes de esconder
suas falências. Lembro-me que entrevistando Kichinosuke Sasaki, presidente da
Togensha, uma dessas empresas, no final de 1990. Ele era, então, o homem mais
pobre do mundo, com um patrimônio líquido de menos de ¥ 9 trilhões (cerca de
menos de 90 bilhões de dólares). Estava vestindo um terno de seda que deve ter
lhe custado dezenas de milhares de dólares quando originalmente adquirido, mas
que, todavia, estava muito gasto e usado quando o entrevistei. Ele me disse que
os banqueiros o mantinham meio vivo, com uma pensão miserável. Os banqueiros
não iriam deixá-lo declarar falência, porque isso desencadearia um efeito
dominó, que inevitavelmente afetariam os grandes bancos japoneses.
No caso da Europa, a Grécia está fazendo o papel de Togensha. Se a Grécia for
autorizada a declarar falência, logo em seguida, os grandes bancos europeus
terão de declarar a dívida grega inadimplente e, assim, serem forçados a
admitir que também estarão falidos. Não admira que os autos diretores, como de
equipes do Deutsche Bank, continuem se demitindo. Ninguém quer ser o capitão de
um navio afundando.
No entanto, a experiência com a bolha Japonesa deixa muito claro que adiar o
inevitável, só aumenta a dor total. Os gregos já sabem disso, porque estão
sendo forçados a desempenhar o papel do Sr. Sasaki e serem espremidos de tudo o
que possuem, para que seus banqueiros possam fingir que está tudo bem. A renda
média grega caiu 40% nos últimos cinco anos, para que os banqueiros pudessem
fingir que são solventes. Uma situação que só irá piorar até a Grécia declarar
falência.
É muito melhor declarar falência do que ficar acorrentado à carga de uma dívida
impagável.
Falência não precisa ser uma coisa ruim. A primeira coisa que as pessoas
precisam entender é que o financiamento é algo espiritual ou psicológico. Se a
Grécia falir, as pessoas, edifícios, fábricas, fazendas, praias, casas, etc,
não irão desaparecer. A única coisa que mudará é a forma de como as pessoas
decidirão o que fazer no futuro com esses ativos num mundo real.
No caso da Argentina, assim como no caso da Islândia, a declaração de falência
foi um forte e breve choque, seguido por um rápido aumento dos padrões de vida.
As pessoas também foram libertadas das garras dos banqueiros parasitas.
Fica claro que, se a Grécia for à falência, certamente que o resto dos países
que utilizam o Euro também quebrarão.
Angela Merkel esteve recentemente na China e Japão em busca de dinheiro,
entretanto voltou de mãos vazias.
Considerando que não haja nenhuma outra fonte de dinheiro grande o suficiente
para respaldar o Euro apoiado pelos alemães, o sistema financeiro alemão,
portanto, também provavelmente se tornará insolvente, mais cedo ou mais tarde.
O resultado final será um retorno ao marco alemão, ao dracma e outras moedas
ligadas a culturas históricas.
Agora, aqui temos algo a ponderar. O edifício do Parlamento da União Europeia
foi deliberadamente construído para se assemelhar à Torre de Babel. Poderão
visualmente conferir isto neste link:
A história da Torre de Babel foi que, finalmente, desmoronou e todos diferentes
povos que a construíram separaram-se, seguindo diferentes caminhos. A nova
torre de babel teve concluída sua construção em 1999. A pergunta é: Sabiam os
planejadores do projeto antecipadamente que o projeto da UE estava destinado a
seguir o mesmo destino da Torre de Babel?
_______________________________Fonte primária: http://benjaminfulford.net
Fonte secundária: http://hipknowsys.blogspot.com.br/
Tradução: Sementes das Estrelas / Candido Pedro Jorge
- http://sementesdasestrelas.blogspot.com.br/2015/06/benjamin-fulford-o-g7-esta-desamparado.html#sthash.zBnTbpri.dpuf