CARO LEITOR: PARA OUVIR OS VÍDEOS, DESLIGUE O PLAY-LIST NO RODAPÉ DA PÁGINA. NAVEGUE COM A. M. O. R.

domingo, 6 de setembro de 2009


A FACE COERENTE DE MICHAEL JACKSON


THE COHERENT FACE OF MICHAEL JACKSON


Jackson não só gravou como compôs várias músicas de conteúdo humanista e empunhou a bandeira humanitária que pautou sua vida nos últimos 25 anos: a face coerente de um homem-astro que a mídia não se interessou em divulgar, pois o positivo não dá Ibope nem vende jornais.
Após sofrer acidente com queimaduras por fogos de artifício, durante as gravações de um comercial da PEPSI, em 1984, Michael recebeu uma indenização de US$ 1,5 milhão, integralmente usados para a criação do Michael Jackson Burn Center, um centro de recuperação para crianças vítimas de queimaduras. Foi para esse centro que ele comprou a câmara de oxigênio e se deixou fotografar dentro dela.
No mesmo ano, os lucros da turnê “Victory Tour”, ainda cantando com seus irmãos, foram totalmente doados para instituições de caridade.
Em 1992, gravou Heal the World (cure o mundo), mesmo nome da Fundação que criou para gerenciar campanhas humanitárias encabeçadas por ele. Em fevereiro, durante coletiva no New York Radio City Music Hall, em Nova York, Michael anunciou uma nova turnê mundial para arrecadar dinheiro para a fundação, que combatia a propagação do HIV, o diabetes juvenil e apoiava outras fundações, como a Ronald McDonald e a Make a Wish. Todo o lucro da World Dangerous Tour, que quebrou todos os recordes de vendagem, de execução e de público, foi doado à instituição.
No ano seguinte, na cerimônia da posse do presidente Bill Clinton, cantou Gone too soon (Acabou tão rápido), também de sua autoria, chamando a atenção do mundo para a questão das vítimas do HIV, assunto que, àquela época, ainda era tabu no mundo. Em 1994, doou US$ 500 mil à fundação que leva o nome da amiga, a Elizabeth Taylor’s Aids Foundation. Mais do que ajuda financeira, Jackson levava o conforto da sua presença em visitas secretas a hospitais e orfanatos, e mantinha quartos com equipamentos hospitalares em seu rancho, na Califórnia, para que crianças em estado terminal pudessem visitá-lo, por acreditar que a alegria ajuda a amenizar a dor.
Além de doar milhões para as vítimas e transportar 46 toneladas de suprimentos a Sarajevo (1994), local devastado por guerra, Michael também doou US$ 120 mil para pagar transplante de fígado a uma criança abandonada em orfanato.
Após sua segunda visita à África e seu encontro com Nelson Mandela, Michael convocou cerca de 40 artistas de renome no mundo da música para a gravação de um compacto e um clip com todos os direitos autorais cedidos à ajuda humanitária contra a fome naquele Continente. We are the world (nós somos o mundo), composição sua em parceria com o amigo e compadre Lionel Ritchie, angariou cerca de 50 milhões de dólares para as vítimas da fome na África.
They don´t care about us (eles não se preocupam conosco) fala da violência da polícia e dos poderosos contra os pobres e os povos de outras raças. Esse clip foi gravado em várias partes do mundo de maneiras diferentes. No Brasil, em 1996, Michael gravou na favela do Morro Dona Marta, Rio de Janeiro; e no Pelourinho, em Salvador, acompanhado pela banda “Olodum”. Novamente, todos os direitos autorais de Michael, que produziu e bancou o projeto sozinho, foram cedidos para causas humanitárias, principalmente na Índia e na Nova Zelândia.
Michael & Friends foi outro projeto humanitário que consistiu em uma série de concertos beneficentes, dentro dos territórios americano e europeu, com a participação de vários artistas famosos, durante todo o ano de 1999.
A ação de Jackson ia além de cantar e assinar cheques de doações. Discursava pelo mundo todo, exortando pessoas comuns e pessoas poderosas para a miséria do Planeta (Man in the Mirror, Heal the World, Can You Feel It, You’re not alone, The lost Children, Litle Susie), para a infância roubada às crianças (Childhood), para os abusos contra a natureza (Earth Song), para a violência generalizada (They dont care about of us), para o racismo e para o preconceito (Black or White). Exortava, inclusive e principalmente, o seu próprio País, os Estados Unidos.
Em 2000, Michael Jackson foi eleito o “Artista do Século” e o “Artista do Milênio”, deixando para trás ícones como Elvis Presley, Frank Sinatra, The Beatles, e outros. No mesmo ano, entrou para o Guiness World Records por ser mantenedor de mais de 39 organizações humanitárias. Em 50 anos de vida e 44 de carreira, foi o único na história a receber 13 inscrições no Guiness World Records.
No Rancho Neverland, além da residência pessoal, Michael mantinha um parque de diversões completo, um mini-zoológico, salão de jogos, várias piscinas naturais, uma enorme mesa com oitenta assentos ao ar livre, quartos especiais para crianças enfermas, etc. Semanalmente, seus furgões saíam na periferia pobre de Los Angeles para recolher crianças carentes (junto com um acompanhante) e levar para o Rancho, onde passavam o dia brincando, se alimentavam, ganhavam brinquedos e eram levadas de volta para suas casas. Crianças da Fundação Heal the World, crianças de rua... todos brincavam e comiam juntos. Segundo o jornalista britânico Jonathan Morgallis, cerca de dez mil crianças visitavam o Rancho anualmente.
“United we stand: What more Can I give?” (Estamos unidos: o que mais eu posso dar?) é uma canção composta por Jackson para ajudar as vítimas dos ataques de 11 de setembro, nos Estados Unidos, em 2001. Foram arrecadados cerca de dois milhões de dólares através da venda de mais de 46 mil ingressos para três concertos beneficentes. O mesmo se deu por ocasião do tsunami ocorrido na Ásia, em dezembro de 2004. Nessa época, Michael estava doente, enfrentando um duro processo judicial, mas não se furtou em passar dias em um estúdio, gravando uma música junto com os irmãos, para arrecadar fundos às vítimas daquele horrível desastre ecológico. Em agosto de 2005, foi a vez do socorro às vítimas do furacão Katrina, na Califórnia.
Discursou para os acadêmicos da Universidade de Oxford, em 2002, no lançamento da Fundação Heal the Kids (cure as crianças), da qual Nelson Mandela foi um dos conselheiros, e cujo objetivo era uma campanha mundial exortando os pais a passarem mais tempo útil com seus filhos. Para Jackson, o mal do mundo estava na falta de amor e atenção às crianças – desamor do qual ele foi uma grande vítima.
Como último legado de COERÊNCIA com o seu nível de Ser e com a missão que desenvolveu na Terra, Michael deixou, em testamento, 20% de seu patrimônio para instituições de caridade que cuidem de crianças.
Esse texto não traz a intenção de saudosismo ou endeusamento post morten, mas uma expressão de justiça e reconhecimento de um ser humano honesto e trabalhador que teve sua vida pessoal e sua carreira estilhaçadas pela imprensa sensacionalista e pela omissão da imprensa séria. A Imprensa matou Michael Jackson várias vezes.

domingo, 19 de abril de 2009

A PRIMEIRA PEDRA

“Quem de vós não tiver pecados, atire a primeira pedra”, disse Jesus na Palestina, e todos saíram em silêncio sem que pedra alguma fosse atirada. Mas, entre nós, espíritas brasileiros, pedras são atiradas! É preocupante a quantidade de mensagens eletrônicas que tenho recebido de amigos espíritas, de conteúdos difamatórios, denegridores, preconceituosos, desrespeitosos e, pior, inverídicos contra a pessoa do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Particularmente, entendo que pelo menos nós espíritas deveríamos evitar apontar o dedo para nosso próximo, pois sabemos dos nossos próprios defeitos, das nossas tantas fraquezas, dos nossos incontáveis erros e incompetências, e sabemos que se ainda estamos estagiando em um Planeta-Escola com tanta miséria e tanta degeneração é porque boa coisa não fomos, não somos e vamos demorar muito ainda para ser. E ainda que um dia o sejamos, não teremos condições de julgar, por que não nos cabe essa competência.
Causa-me espanto maior ver espíritas gastando o precioso tempo de suas encarnações a escrever ou repassar mensagens desse tipo, não importa sobre quem seja. Por que não empregar seu “momento-intenauta” em pesquisas e estudos, ou a repassar mensagens esclarecedoras sobre os postulados da nossa Doutrina, ou sobre descobertas científicas e históricas, assuntos de utilidade pública, mensagens de conforto, de humor inteligente, enfim, coisas positivas que elevem o Ser a um padrão de consciência menos rasteiro? Dedicar-se a divulgar maledicências, impropérios, deboches, preconceitos contra o próximo é ato indigno da condição de espíritas, que sabem a força que carrega o Pensamento e o Verbo. Lamentável! Onde está a reforma íntima?! Ou estamos iludidos de que nos basta tomar passes, assistir palestras e distribuir sopas debaixo do viaduto?!
Por que não divulgarmos o que as pessoas têm de bom, ou o que fazem de bom? Por que não agradecermos pelo Brasil que temos hoje? Éramos um país endividado, desacreditado, inseguro diante das oscilações econômicas do mundo e, principalmente, diante das nossas próprias oscilações. Hoje, estamos atravessando de cabeça erguida uma crise que assola o mundo inteiro, quebrando as bases das grandes potências. Seremos atingidos sim, mas com muito menos estilhaços do que o resto do mundo, e essa realidade brasileira é reconhecida no mundo inteiro, menos por uma minoria de brasileiros resistentes ao óbvio.
E sabe qual é o foco das gozações e críticas? Eu lhes digo: ser um presidente que não tem curso superior nem fala inglês. Percebem que o que está por trás de tudo é PRECONCEITO? O fato de não ter curso superior e não falar inglês, e de ter sido um retirante da miséria nordestina não impediu que chegasse aonde chegou, nem tivesse a competência que tem demonstrado na condução do país, e muito menos o respeito que goza lá fora, além de ter uma atuação aprovada por 80% dos brasileiros. Nós todos somos testemunhas de presidentes intelectualistas e poliglotas que levaram seus países à beira da falência, inclusive o Brasil.
Nós, brasileiros, povo ainda com mentalidade de colônia e uma marcante baixa-estima, nos achamos na obrigação de saber falar todas as línguas para atender pessoas do mundo inteiro que nos visitam. Tudo que os pais exigem, a sociedade exige, o mercado de trabalho exige é que saibamos outras línguas; porém, ninguém se preocupa se somos fluentes em Português. Os Presidentes de outros países que nos visitam, ou que têm contato com nosso país, não se preocupam em saber falar português, além de um mal-pronunciado “obrigado” e “tchau”: trazem seus intérpretes. E assim é em todo mundo, mas o Presidente brasileiro tem obrigação de ser poliglota para falar com os outros sem intérprete.
Mantemos trabalhos de assistência social em nossas casas espíritas, pois a humanidade ainda não atingiu um nível de consciência que a torne menos gananciosa e menos egoísta, estreitando o abismo que existe entre o miserável e o milionário; e sabemos que a evolução espiritual não dá saltos. Mas há espíritas engrossando o coro dos críticos aos programas sociais do Governo sob a peja de “assistencialismo”. E o é, por que ainda se faz necessário, até que o crescimento sustentável da economia brasileira seja capaz de gerar empregos suficientes para que cada cidadão possa se manter sem esmolas. Não existe milagre que faça gerar empregos da noite para o dia, nem os brasileiros vão acordar no dia seguinte todos alfabetizados e com diploma de curso superior para competir no mercado. Os programas “assistencialistas” da Bolsa-família e da Bolsa-escola permitem que, enquanto os abastados que criticam não se conscientizam da sua responsabilidade sobre a miséria do outro, pelo menos o miserável possa freqüentar uma escola com alguns grãos de arroz e feijão no estômago – condição mínima para que consiga apreender algum ensinamento. Esses, com certeza, já não terão a mesma condição infeliz dos pais e poderão dar condição aos filhos melhor do que a que receberam.
Que as pessoas não-espíritas tenham uma visão tão estreita a respeito do momento que estamos vivendo é compreensível, mas que os espíritas também a tenham é lamentável. Sabemos que a vida precede ao nascimento e prossegue ao túmulo, e que trazemos conosco uma bagagem psicológica repleta de conhecimentos adquiridos e experenciados em outras encarnações. O fato do Presidente Lula não ter um curso superior nesta vivência não quer dizer que seja ignorante e incompetente. Se exercitássemos nossa visão de mundo para um pouco além da pequenez dos limites da matéria veríamos que o momento do Planeta requer outro tipo de governante na condução dos homens: os humanistas, ainda que não intelectuais. Salvo raríssimas exceções, objetividade, senso prático e estratégico não fazem parte do perfil dos intelectuais, e são requisitos essenciais para se reerguer econômica, política e eticamente as Nações que compõem a Terra.
Estamos vivendo a Era de Aquário, momento crucial de espiritualização do Planeta, quando homens do povo, homens da terra, homens discriminados por sua cor ou condição social tomarão o leme das Nações e as conduzirão a rumos mais humanos e menos materialistas, condizentes com o padrão vibratório muito mais elevado do porvir. Não mais os governantes que, de seus pedestais acadêmicos, apenas ouvem falar de miséria, de fome, de racismo ..., mas não sabem o que é miséria, o que é fome e o que é racismo. Temos um retirante nordestino no comando do Brasil, temos homens do povo no eixo do Mercosul, temos um negro no comando dos Estados Unidos da América. Homens que não têm só diplomas; têm, principalmente, vivência. Logo aparecerão outros tantos na Europa, na Ásia, na Oceania, espelhando-se nas Américas. São homens que não têm o aparato acadêmico do mundo das formas, mas têm o preparo espiritual de várias encarnações para assumirem a condução do mundo em um momento tão especial e tão sério de transição do Planeta. Têm seus defeitos e suas falhas porque são humanos, mas deveriam merecer todo o nosso respeito e consideração, e não nossos escárnios e demonstrações rasteiras de preconceitos de toda ordem.

Quem estiver em condição de tamanha superioridade,
ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!