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sábado, 29 de janeiro de 2011

A VIRTUDE DO EGO

"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”. (Mahatma Gandhi)

Não se assustem... é isso mesmo: o Ego pode se transformar em uma virtude, eu diria até que um mal necessário nesse nosso estágio evolutivo.

A Virtude é branda, é pacífica, é paciente... O Ego é forte, é valente, é desbravador, é guerreiro. Reflexionando sobre a filosofia de Gandhi, um ser de muita Luz, deparei-me  com essa outra realidade.

Nada na Criação é supérfluo, é desnecessário. Deus não desperdiça energia com inutilidades, pois o seu poder é absoluto. Por algum motivo os egos existem, como qualquer outra força na natureza; e tal qual qualquer outra força na natureza, o bem e o mal residem na direção que damos às forças.

A experiência de Gandhi, canalizando a ira a serviço das suas realizações, como força de impulsão do fazer melhor, do superar-se é fantástica e deveria ser uma lição para todos nós.

Ninguém consegue amar o outro se não sabe amar a si mesmo. Ninguém consegue respeitar o outro se não sabe respeitar-se a si mesmo. Ninguém consegue ajudar o outro  se não é capaz de ajudar-se a si mesmo. Isto é o "eu" a serviço do todo.

"Ama teu próximo como a ti mesmo" - aconselha o Mestre Jesus, mas como ter o parâmetro do outro sem tê-lo de si próprio. Ninguém dá aquilo que não tem, ninguém transmite aquilo que não conhece, ninguém ensina aquilo que não sabe.

Os grandes Mestres não usam os egos, pois que as virtudes despertas lhes suprem o impulso necessário, mas não quer dizer que não os tenham latentes. Tanto é verdade que deuses gregos decaíram e perderam o Olimpo; anjos invigilantes também decaíram. "Orai e vigiai" - ensina o Mestre, ou seja, mantenha viva a sua ligação com o divino e esteja atento, pois um momento de descuido pode nos trazer retrocessos incalculáveis.   

Se Jesus teve seu momento de indignação com os vendilhões do Templo, engano nosso pensar que Michael não sente raiva, não sente vontade de socar aqueles que o machucam, não sente desejo. A diferença é que ele sabe transformar a ira em mola propulsora de superação e transcendência. Ele sabe transformar a luxúria em arte, em um nível de excelência que dificilmente será batido por alguém.





Portanto, no grau evolutivo em que estagiamos, se ainda não somos capazes de despertar as virtudes ao ponto de aniquilar os egos, pelo menos os usemos a nosso favor e a favor do Planeta e da Humanidade.