O AMOR
EM AÇÃO – XXIII
UM
SAPATO...
UMA VIDA TRANSFORMADA!
Lidia Kight
Na
infância de Lidia Kight, não havia férias para a Disney World, presentes
de Natal ou armários repletos de sapatos e roupas. Ela nasceu em um barraco de
um cômodo com piso de terra, e ela teve a sorte de ter comida ou um lápis para
levar para a escola.
Lidia cresceu na República Dominicana. Agora, com
41 anos e vivendo em Jackson, Lidia tem carteira de motorista, um diploma do
ensino médio, um emprego e um diploma universitário em andamento.
Ela
tem carpete no chão, uma geladeira cheia de comida, um banho quente todas as
manhãs - e uma grande história para contar sobre como ela chegou a esse ponto
em sua vida.
Tudo
começou com um novo par de sapatos e um sonho.
O pai
de Lidia nunca tinha ido à escola, sua mãe só cursou a terceira série. Ela
tinha duas irmãs mais novas e um irmão mais velho. Quando ela tinha 4 ou 5, diz
ela, seus pais começaram a "alugá-la" para outras famílias, onde ela
trabalhava em troca de comida e roupas.
Lidia
fez tudo que podia para ser expulsa das casas, porque ela preferia estar com
sua própria família. Uma vez, ela fugiu de uma família que estava trabalhando; sua
mãe espancou-a e levou-a de volta para a casa.
"Meus pais tentaram
fazer o melhor que podiam... mas me machucavam, mesmo que fosse a coisa a
fazer", diz Lidia. "Trabalhávamos
o suficiente para comer naquele dia”.
A
família de Lidia muitas vezes percorreu os caminhos de terra para baixo da
montanha em direção à cidade, onde tentavam vender ou trocar quaisquer bens que
tinham.
Era
uma viagem difícil para Lidia, especialmente quando ela ficou mais velha - seus
colegas brincavam com ela, e ela nunca tinha sapatos adequados para a árdua
viagem.
Seus
dedos ainda estão marcados por causa dos anos que passou tentando se adaptar
nos sapatos, tamanho infantil, doados por instituições de caridade. Ela se
lembra de sentir-se ressentida durante sua infância, se perguntando por que
Deus havia lhe dado uma vida tão dura.
"Eu tinha aqueles
sapatos de plástico que faziam um barulho estridente no asfalto quente. Eu
sempre soube que havia algo mais lá fora, eu só não sabia o que era", diz
Lidia.
Quando
tinha cerca de 10 anos de idade, os voluntários chegaram à sua aldeia e mediram
os pés das crianças, prometendo voltar com novos sapatos, feitos só para eles.
"Eu não podia
acreditar que alguém ia me mandar isso - era como... eu já ouvi isso
antes", diz Lidia.
Muitas
visitas missionárias vieram para a República Dominicana, mas ou não retornaram
ou não tinham nada para Lídia. Desta vez, porém, havia algo para Lidia: seu
primeiro par de sapatos novos.
Os sapatos vieram de um projeto patrocinado por
Michael Jackson.
Lidia
e as outras crianças também receberam um par de meias, uma mochila cheia de
material escolar e uma pequena caixa que tocava a música de Michael Jackson.
A
partir de então, a vida de Lidia foi diferente. A escola ficou divertida,
porque ela tinha cadernos novos, lápis de cor e sapatos, e ela não precisava se
sentir envergonhada por não ter nada.
Ela
diz que os sapatos e a música eram a prova de que havia uma maneira melhor de
vida para ela, em algum lugar. Suas próprias amigas já estavam começando a ter
bebês, caindo no mesmo padrão antigo de pobreza e tristeza. Lidia sabia que ela
merecia algo melhor.
"A semente foi
plantada em meu coração. Eu sabia que precisava sair de lá", diz
ela. "Eu estava determinada a mudar
alguma coisa, e isso não iria acontecer se eu ficasse na República Dominicana.
Passei a acreditar que eu poderia fazer isso".
Lidia
continuou a trabalhar para outras famílias até que, por volta dos 12 anos, uma
família rica a adotou. Para os próximos anos, eles a enviaram para uma escola
particular e ela passou a ter contato com um novo mundo de grupos de jovens,
hotéis, pratos sofisticados e TV a cabo.
Seu
destino voltou a mudar e, aos 15 anos, ela se mudou de volta para casa e
começou a costurar em uma fábrica. Aos 17 anos, casou-se, porém não foi feliz,
pediu a separação e reconstruiu a sua vida.
O que
lhe deu forças para perseguir seus objetivos?
Mais
uma vez, conta Lidia, ela retorna ao seu primeiro par de sapatos e o que ela
aprendeu com os cuidados e a generosidade de um estranho.
"(Michael Jackson)
me inspirou a sonhar, quando eu não pensava que eu estava autorizada a fazê-lo.
Não me foi ensinado a sonhar", diz Lidia. "Estou grata que agora eu estou em um
lugar em minha vida onde eu posso melhorar a mim mesma e eu não acho que Deus
me trouxe até aqui para parar."
Fontes:
http://www.semissourian.com/story/1748399.html