O CASTELO DE CARTAS DA CABALA ESCURA COMEÇA A RUIR
Três executivos do Banco Barclays renunciam em 24
horas
Os executivos do banco, no
Reino Unido, são acusados de manipular a taxa Libor, que são os juros usados
pelos bancos para emprestar dinheiro uns aos outros.
Bob Diamond
Cecília
Malan (Londres)
Depois de acusado de manipular em benefício próprio a importante taxa
interbancária Libor, o Barclays, um dos maiores bancos britânicos, foi ao
ataque nesta terça-feira (3) dizendo que agiu por pressão do banco da
Inglaterra e do próprio governo do Reino Unido.
Três renúncias em 24 horas. Bob Diamond era o principal executivo do
Barclays. Jerrie del Missier comandava as operações. Ontem (2), o presidente do
conselho de administração, Marcus Angius, também deixou o cargo. Os executivos
do banco, um dos maiores do Reino Unido, são acusados de manipular a taxa
Libor, que são os juros usados pelos bancos para emprestar dinheiro uns aos
outros.
A taxa Libor significa London Interbank Offered Rate e serve de
referência para as taxas de juros pagas todos os dias por milhões de pessoas,
por exemplo, nos créditos imobiliários, cartões de crédito, financiamento
estudantil e seguros. Qualquer variação na Libor afeta o retorno de
investidores profissionais e os custos de financiamento para pessoas e
empresas.
“Eles aparentemente relataram sistematicamente taxas Libor a que eles
tomavam dinheiro que seriam muito abaixo das taxas que eles deveriam ter
relatado. Aí tem duas histórias: uma é que o banco não queria mostrar que
estaria tomando dinheiro mais caro do que o mercado numa época de stress isso
ai poderia pegar mal para o banco, e em outros casos há emails de alguns
operadores do banco pedindo que eles alterassem por causa de negócios
específicos”, fala o economista Alexandre Schwartsman.
Segundo a imprensa britânica, Bob Diamond não vai sair calado e deve
denunciar outras instituições que teriam participado desse esquema.
Nesta quarta-feira (3), o
ex-executivo do Barclays vai comparecer a uma CPI recém-criada pelo governo
britânico para investigar o caso. O ministro da Fazenda, George Osborne, está
otimista e disse que esse escândalo pode ser o primeiro passo rumo a uma nova
cultura do setor financeiro.
Fonte: Jornal da Globo
(G1)
Edição
do dia 03/07/2012
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