CARO LEITOR: PARA OUVIR OS VÍDEOS, DESLIGUE O PLAY-LIST NO RODAPÉ DA PÁGINA. NAVEGUE COM A. M. O. R.

domingo, 8 de outubro de 2017

Mantendo livre a intuição


Kuan Yin

Canais: Michele Martini e Thiago Strapasson, em agosto de 2017

Meus queridos filhos,

Passam flashes diante de nós. São sons, luzes, pessoas, falas, ruídos. Os sentidos físicos estão sempre conectados à vida na matéria. Não permitem que nos aquietemos. Não há como desligá-los, pois são nossa própria proteção natural diante da vida.

Mas a cada experiência há uma possibilidade de conexão ao outro lado da vida. A cada respiração, a cada fala, temos a oportunidade de ter aquele olhar libertador.

Podemos prender-nos diante de todos esses ruídos, essas experiências. Mas podemos também nos tornar observadores da vida. Como se tudo isso passasse diante de nossos olhos e ficássemos protegidos a observar, a partir de um silêncio interior bom de sentir, saudável de estar junto.

E muitas vezes não é assim que se dá. Esse silêncio se infiltra no ruído da vida. Deslumbramo-nos diante das oportunidades da vida e essa ânsia, muitas vezes, gera mais barulho interior que todo ruído exterior: quando projetamos nossas condições de felicidade, quando carregamos nossas culpas do passado, quando não nos libertamos de tudo que está externo. Vivemos assim diante dos ruídos externos, com um ruído interior ainda maior.

Como não trazer dúvida nessa imensidão de possibilidades que a vida na matéria apresenta? Como não trazer inquietação diante de grandiosas chances de ser feliz? A vida é repleta de oportunidades realmente transformadoras.

A cada momento, são colocadas diante de nós tantas possibilidades de elevação, que permanecemos verdadeiramente maravilhados diante de tanta vida, de tanta abundância de vida.

Assim, estamos sempre abertos a receber; esse ato de receber consiste em não se agarrar a crenças e padrões, e sim a estar aberto ao novo a cada segundo.

Cada momento se forma a partir de um pequeno vazio que dispomos à chegada da intuição. E, então, as novas ideias preenchem o espaço que deveria ser da certeza.

A certeza então acaba por dar lugar à dúvida. Mas essa dúvida é silenciada diante da fé, da clareza e da confiança.

A confiança de que quando estamos abertos a receber e deixamos que a consciência desperta nos traga os mais belos momentos de inspiração, nós seremos guiados na estrada que trará o estado de completude e desprendimento da matéria.

Esse desprendimento nada mais é que a soltura de tudo o que pensamos ser, até dado momento em que as certezas se desfazem diante de uma infinidade de possibilidades que a vida traz.

Sim, são infinitas as possibilidades que mostram ao ser, dia a dia, do que a vida é composta. Afinal, ela é composta de milagres!

Conhecidos por milagres são apenas os momentos de inspiração, onde damos lugar àquela ideia que esteve presente, mas não teve lugar para se encaixar em nós, não dávamos abertura à inspiração, à elevação da nossa consciência.

E então, quando permitimos, essa consciência expande, e expande de modo a nunca mais retornar ao estado inicial; é um caminho sem volta.

Esse caminho, meus queridos filhos, nada mais é do que o processo de ascensão, e que é compreendido por etapas de felicidade plena e alegria, de completude interior, de leveza e certeza de que não mais o ego necessita ser reafirmado e, tampouco, a personalidade> Mas sim, a certeza é apenas de que o próximo minuto também será preenchido de beleza e oportunidades, de leveza e doçura, de alegria e mais confiança de que a vida sempre será repleta de surpresas. De que não necessita planejar, controlar ou divagar em possibilidades. Que necessita apenas entregar. Entregarem-se à magnitude de Deus e, então, se renderem à maravilhosa cascata de alegria e paz que nos evolverá sempre.

Esse desprendimento traz abundância, paz, completude e amor. Traz tudo o que é objeto de busca de tantos de vocês, meus queridos filhos, e que sempre esteve disponível. Mas é observado e sentido apenas por aqueles que deixaram o espaço vazio para que fosse preenchido com toda a abundância de Deus.

Então, queridos amados, vocês passam a pertencer ao Todo, a fundir com a vida, a sentir a completude e o estado de Um com a vida.

Vocês se unem ao Eu Sou em sua maior representação, que é refletido em todas as formas de manifestação da vida materializada ou não. Vocês são todos Um.

Entremos dentro da realidade de luz e amor disponível a todos, bebamos do néctar da Fonte de Luz e criatividade. Deixemos que a consciência se expanda e nos envolva com uma nova realidade que virá a se formar, liberta de crenças e dogmas. Liberta de certezas e de personalidade.

Assim, o desprendimento da matéria e do estado de sofrimento abrirá portas à ascensão do ser.

Está aí a possibilidade de não ser o ruído, de não se infiltrar nos flashes, nas falas, nos medos e nos anseios. É se tornar o vazio que é o Todo, que é o Tudo. E ser o observador onipresente que observa, em seu vazio, a vida. Não se prende aos dramas, não se prende a nada, mas deixa que a vida se conduza a cada nova conexão, a cada sopro como uma intuição que aflora e que abre novas possibilidades de se conectar ao mundo. A cada ruído, há um sopro de abundância interior que aflora e os leva a transcenderem todos esses flashes, essas luzes, essas falas, toda a sedução que a vida traz.

Já não se permite que essa sedução se transforme em mais ruído, mas, sim, é o silêncio que se integra à vida, que observa e se conecta ao vazio interior que, através da intuição, cria novas formas de experimentar toda essa vida, toda essa riqueza que se apresenta diante de seus olhos. E, assim, a vida se faz, em conexão, livre de restrições, vazia, mas conectada ao Todo, seguindo a cada sopro a felicidade que o Criador nos proporciona.

Nesse estado, podemos nos renovar. Não somos, estamos diante da vida. Essa é única e verdadeira liberdade daquele que vive, porém não sofre, porque não se envolve, mas, ao mesmo tempo, pertence.

Essa é a única forma de não sofrer com as dúvidas, com os anseios; é se conectar com a imensidão de possibilidades de ser feliz, mas mantendo o vazio para que a intuição possa ser a condutora da vida, com liberdade a cada segundo, a cada minuto, onde tudo está sempre aberto, sempre se renovando, se alterando. Eis a única forma de nos conectarmos à abundância de Deus, da criação e de tudo que existe.

Estejam em paz, meus filhos,

Sou Kuan Yin
__________________________

Fonte: www.pazetransformacao.com.br