A ALQUIMIA DO
BODHISATTVA – XXX
MICHAEL BY DAVID NORDAHL
Fonte: trechos da matéria
traduzida e editada pelo Blog “Cartas Para Michael”, a partir de entrevista
concedida por David Nordahl à Rev. Catherine Gross – 29/08/2013 (http://www.examiner.com).
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David
Nordahl (Minnesota-1941) é um pintor
de retratos norte-americano que, de 1988 a 2005, foi retratista oficial de
Michael Jackson. David e Michael tinham em comum, além de dons artísticos, uma infância
difícil. Nordahl fez, também, alguns projetos para o parque de diversões do
rancho Neverland.
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[...]
Eu acho que seus atos causaram impacto nas pessoas [e as levaram] a fazer as
coisas que ele fazia, eu acho que ele mudou muito a mente das pessoas. Eu acho que
alguém que tenha trabalhado com ele, em qualquer um desses projetos ou qualquer
outra coisa, estou certo do espírito de Michael, e espero que eles continuem a
fazer o tipo de coisas que ele gostaria que fizessem.
[...]
A primeira noite que fui ao concerto e tivemos aquele passeio de arrepiar os
cabelos, em três vans, através de Downtown, Denver, e fora do estádio. Quando
chegamos lá, havia uma área que foi cercada nos bastidores – tinha esses canos
de metal – e então essas cortinas azuis que estavam lá e, em seguida, um grande
aviso sinalizando como área “absolutamente restrita”. Lá, havia uma fila de
crianças em cadeiras de rodas, respiradores e todo esse tipo de coisas. Eram
crianças da Fundação Make A Wish, com as quais Michael passava todo esse tempo,
antes de entrar no palco – e havia aquelas crianças com doenças terminais.
Na
primeira noite, eu achei que algo tinha acontecido e perguntei ao Chuck se um
garoto havia falecido; e Chuck apenas balançou a cabeça. Então, eu acho que o
menino que estava lá faleceu e Michael fez uma oração com todas as pessoas que
estavam para se apresentar e ainda estavam fora do palco.
Após
o concerto, eu perguntei: “Michael, como
você consegue fazer isso? Como você pode ver essas pobres crianças miseráveis e
depois ir lá se apresentar?” Ele me disse: “Como eu não poderia? Se eu posso estender a vida da criança por uma
hora ou um dia, uma semana ou um mês, porque não posso fazer isso?”
Foi
uma resposta muito simples. Ele tinha tanta compaixão pelas crianças doentes e
pelas crianças terminais! Tudo no rancho [Neverland]
foi criado para isso. Todos os passeios foram especialmente adaptados para se
certificar de que os braços das crianças com necessidades especiais não saíssem,
ou seu cabelo não ficasse preso [nos brinquedos].
Se
uma mãe ligasse e tivesse um filho gravemente doente, ou algo assim, Michael
largava tudo e ia para lá. Ele deixava algo com a criança, poderia ser uma luva
ou qualquer outra coisa. E ele dizia à criança: “Eu vou estar de volta em duas semanas”, e eu acho que era incrível
como ele realmente estendia a vida de algumas crianças, só esperando ele
voltar. Ele me disse: “Eu sei que sou apenas uma pessoa, mas o artista Michael
Jackson é muito importante para essas crianças”.
[...]
Você olha para algumas dessas crianças e todas as cirurgias pelas quais ele
pagou, todas as contas hospitalares e até mesmo ajudando os pais. Michael nunca
falava sobre essas coisas.